A Pedalar pelo mundo

Imagem da Larissa Cantarelli

“I have a dream” (Tenho um sonho) como bem disse Martin Luther King Jr. O meu sonho é estar a viajar pela Europa de bicicleta antes de completar 80 anos. Para isso, nada melhor do que ter uma musa inspiradora, alguém que faz, e eu tenho: @larissacantarelli, uma jovem e bela mulher, que tornou-se uma amiga nos anos que convivemos e fizemos alguns projetos juntos. Eu a conheci em Pirenópolis, GO, Brasil e há  4 anos ela viaja pelo mundo sozinha de bicicleta.

Minha versão de ser um ciclo viajante é utilizar a  bicicleta Beeq, fabricada em Portugal, modelo Wild ATB M500. Ela é assistida com um motor elétrico e um duplo conjunto de bateria Snake, que garante uma autonomia de viajar até 200 km sem recarga.

Claro que é um sonho, mas para mim os sonhos são realidade que ainda não aconteceram, ou seja, como sempre a minha veia otimista está à flor da pele. Mas será necessário um investimento financeiro e um preparo físico e psicológico para esta jornada.

E que em breve eu venha sentir novamente o vento fresco no meu rosto ao passar a pedalar pelas plantações de lavanda, na estrada que liga Sainte-Croix-du-Verdon a Moustiers-Sainte-Marie no sul da França.

Eternos companheiros

Imagem de Carls Wain por Pixabay

Hoje pela manhã, fui comprar pasta de dente no mercado e vi a voar uma dupla de lindas araras. Vendo aquele casal, lembrei que elas são conhecidas por formar pares ou viver em pequenos grupos familiares, em vez de se reunirem em grandes bandos.
Como nós, as araras são seres sociais e têm uma forte necessidade de interação e companhia. Ao viver em duplas ou pequenos grupos, elas podem experimentar essa necessidade de companheirismo. Elas desenvolvem laços fortes com seus parceiros e passam grande parte do tempo juntas, cuidando uma da outra, compartilhando alimentos e voando juntas.
Senti uma forte admiração pela maneira de viver das araras. E uma pontinha de ciúme.

Um Estranho no Ninho

Vou começar a postar uma vez por semana, filmes que gostei muito. Para mim um dos melhores filmes americanos de todos os tempos, do incrível diretor Milos Forman, de 1976, Um  estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest).

Com o espetacular ator Jack Nicholson, no papel de Randle Patrick McMurphy, um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma instituição para doentes mentais. Lá estimula os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher), mas não tem idéia do preço que irá pagar por desafiar uma clínica “especializada”.

“Nas palavras do personagem principal do filme, R.P. McMurphy: “O que dois caras legais como nós fazemos aqui?” A Instituição é como o mundo em que vivemos, alienados, vivendo como o gado, criados para um dia irmos ao matadouro. Até surgir um líder, alguém que nos inspire e que nos faça acreditar. E que lutemos até o fim, pois não há sacrifício sem derramamento de sangue.”

Meu estilo Casual

Eu sempre me vangloriei de não ligar para moda e ter um vestuário mínimo. Mas como bem diz o filósofo alemão Immanuel Kant, “ O sábio pode mudar de opinião. O idiota nunca”. Narcise-se um pouco. 

A um tempo atrás, namorei uma verdadeira musa do bom gosto para se vestir, entre outros talentos, que ela me sirva de exemplo, quero um estilo que identifique o meu modo de vida, de maneira simples e sofisticada, verdadeiros sinônimos, “pois a simplicidade é o último grau de sofisticação” (Leonardo Da Vinci).

Serão peças atemporais, como o verdadeiro chapéu Panamá, boné de beisebol com o seu ar esportivo, camisetas, camisas de botão, blazers, calças de alfaiataria e de ganga  (jeans) da Levis, botas de camurça e mocassins clássicos e tênis New Balance. Cores neutras, como azul-marinho, cinza e preto. Um contraponto de uma peça do vestuário de cor forte (laranja ou vermelho), “sem combinar com nada”, como uma gargalhada cheia de alegria. Também os confortáveis acessórios para o inverno português, como os cachecóis. Mantendo sempre a proposta minimalista, com um reduzido número de peças, para poder lavá-las uma vez por semana.

Vou começar a montar o meu novo guarda-roupa, o primeiro conjunto vai ter 1 camisa de botões branca, 3 boxers (cuecas), 3 peúgas (meias) e 1 sapato tipo mocassim com laço, aqueles que os diplomatas usam em ocasiões casuais.

Vamos ver como vai ficar …

Mudar é preciso

Imagem de Joshua Woroniecki por Pixabay

Mais uma vez vou começar de novo. Vou contar apenas comigo, pois desta vez, estou só. E sei que vai valer a pena, como na letra da música de Ivans Lins. Pois a vida é linda e o mundo está à nossa espera

Desta vez, vou bem analisar as minhas experiências passadas e refletir sobre o que funcionou bem e o que não funcionou. Vou identificar os erros e aprender com eles e assim evitar repeti-los.

Manter  uma mentalidade positiva: ver os desafios como oportunidades de crescimento e aprendizado. Não vou me preocupar demais com os erros do passado, em vez disso, concentrar-me nas minhas habilidades e capacidades atuais.

Vou mudar de vida e de país, sem dúvida uma decisão emocionante e ansiosa. É importante pensar cuidadosamente em suas razões para fazer essa mudança e ter um plano bem elaborado para garantir uma transição suave.

Por que eu quero mudar de vida e de país? Tenho a clareza sobre meus objetivos e expectativas necessárias para que possa trabalhar na direção deles. Mas é importante entender o que me motivou a fazê-lo. Não estava bem com a vida que estava a levar, simples. De nada adianta continuar a fazer as mesmas coisas e querer ter resultados diferentes. 

E o país é apenas uma posição geográfica, por si só não resolve nenhum problema, mas, para mim, tem haver com um sentimento de resgate do meu lado português, herdado do meu avô Francisco.

O trabalhar do idoso

Imagem de Israel Trejo por Pixabay

Como é difícil conseguir um emprego para quem tem mais de 70 anos, eu tenho 74, e sinto isso na pele. Especialista como a professora Maria José Tonelli, do Núcleo de Estudos em Organizações e Gestão de Pessoas (NEOP) da FGV, explica com essa frase a realidade do mercado. “… não existe um preconceito declarado, mas, ao mesmo tempo, não há prática de seleção ou de cultura organizacional que faça o engajamento de profissionais mais velhos. Isso não mudou.”

Moral da minha história, eu nunca me preparei para a velhice com a seriedade que ela necessita. 

Infelizmente sobra o famigerado empreendedorismo, uma balela neoliberal que fala sem o menor escrúpulo que está acessível a todos os humanos. Mentira. Nessa mesma linha temos a meritocracia, talvez a maior mentira deste século. Não somos igualmente inteligentes e não temos as mesmas formações, tanto acadêmicas quanto emocionais e ainda os talentos artísticos. 

Por tanto é sempre muito mais difícil e por vezes quase impossível, para com seus próprios méritos, conseguir o tão célebre sucesso. Não deixe de ler o livro de Michael J. Sandel, filósofo, escritor, professor universitário, ensaísta, conferencista e palestrante estadunidense, a “Meritocracia, A tirania do mérito: Não deixe de ler o livro de Michael J. Sandel, filósofo, escritor, professor universitário, ensaísta, conferencista e palestrante estadunidense, a “Meritocracia, A tirania do mérito: O que aconteceu com o bem comum?” Para entender a falácia da meritocracia.

MINHA AUTOESTIMA

Imagem de StarFlames por Pixabay 

Pirenópolis, terça-feira, 7 de março de 2023. Ontem cheguei de Goiânia numa pensativa viagem de autocarro (ônibus) a cidade de Pirenópolis. Me senti injusto com meus vinte anos que aqui estive, pois, fiquei os últimos meses sempre a buscar a “felicidade” em outros mares. Ontem e durante os últimos meses, falei tanto em que “mudar era preciso”, mas não estava a perceber que não era do lugar físico, e sim, uma mudança em relação ao meu sentimento por mim.

Estava eu, disposto a fazer qualquer sacrifício para buscar esse lugar, sem me preocupar com a minha autoestima. Me sentia constantemente culpado. Perdi a leveza de ser um ser livre e estava a agir de forma lamentável para mim e/ou para as pessoas à minha volta.

Estava a buscar o meu sucesso pessoal, a comparar com os outros. A minha alegria e sofrimento não é o mesmo de uma outra pessoa. Não devo me comparar, e sim fazer o que me faz bem. Os erros que cometi no passado não quer dizer que vou cometê-los novamente. Os conceitos que criei ou que os outros criaram não podem me aprisionar. Não vou deixar que um erro cometido seja razão para desanimar. Devo perdoar os outros, mas, principalmente perdoar a mim mesmo.

Tenho de recuperar a confiança em mim. Buscar forças e voltar a confiar nos meus movimentos e para poder levar a vida para onde eu desejo. Acreditar piamente que vou ter sucesso. Agradecer as boas coisas ao meu redor e especialmente o bem que tenho dentro de mim e nas ações que fiz na vida. Comemorado com alegria merecida, os objetivos alcançados. Pois foi o melhor que tinha condições de fazer naquele momento.

O mais importante ato de crescimento da autoestima é viver o presente. Não importa o que eu já fiz ou o que irei fazer, o que eu posso fazer neste momento para ser mais confiante e me alegrar mais. 

Viver no presente é o melhor presente que posso me dar. E se o presente não está bom, mude sim e rápido.



MUDAR É PRECISO

Imagem de vasanth kumar por Pixabay

Goiânia, segunda-feira, 6 de março de 2023. Mudar de opinião é uma parte natural do processo de aprendizado e desenvolvimento pessoal. É importante lembrar que ninguém sabe tudo e que estamos constantemente expostos a novas informações, ideias e perspectivas que podem mudar a maneira como vemos as coisas. O importante é ser honesto consigo mesmo e com os outros sobre suas opiniões e estar disposto a mudar quando necessário.

Estou a mudar minhas postagens, em relação ao meu trabalho do Andante e percebo, que acabo sempre a aumentar o meu tempo de trabalho técnico de postar no blog e nas redes sociais. Pare com isso, mude. O que eu quero é ter um conteúdo que expresse meus sentimentos e que ele venha ajudar as pessoas. Não quero ficar o meu tempo todo a olhar um ecrã (monitor) e não ter tempo de viver a vida. Não quero ganhar seguidores e “bombar” na internet. Quero sim, interagir, falar e principalmente ouvir as ideias das pessoas inteligentes e éticas que conheço ou vier a conhecer por esse mundão afora.

Não há nada de errado em mudar de opinião, desde que isso seja feito com base em novos conhecimentos, sentimentos e reflexão cuidadosa. É importante estar aberto para ouvir diferentes pontos de vista e considerar diferentes perspectivas, pois isso pode ajudar a expandir nossos sentimentos sobre a vida

Por falar em mudar, hoje pago um alto preço por não ter mudado, não ter dado o devido valor e atenção a quem tinha a obrigação de fazê-lo. Não mudei meu comportamento a décadas atrás, sempre “apoiado” em mil desculpas esfarrapadas. Muito triste e terrivelmente verdadeira essa constatação. Por causa da minha falta de responsabilidade, causei para alguns, um  processo irreversível de ruptura, pois, nenhum dos envolvidos mudou de opinião ou simplesmente perdoou.  

Hoje é aniversário dos meus filhos gêmeos. Um feliz aniversário para vocês!

REVER AMIGOS

Imagem Carlos Pojo Rego

Goiânia, domingo, 5 de março de 2023. Como é bom rever uma pessoa querida, tem amizades que nunca diminui da sua intensidade, posso ficar muito tempo sem ver a pessoa e no encontro parece que foi ontem que estivemos juntos.

Mas antes de botar todo o papo em dia, pois fazia anos que não nos víamos, a viagem de Pirenópolis a Goiânia de autocarro (ônibus), teve um final “quase” em Goiania, pois fiquei na beira da pista. Achei incrível a falta de respeito do motorista na argumentação que a viagem acabaria ali e cada um deveria ir embora por sua conta e risco. Falei que tinha contratado um serviço de transporte da rodoviária de Pirenópolis até a rodoviária que não tinha sido comprido, era da responsabilidade da empresa nos levar até ́ a rodoviária. Mas como bom brasileiro, acabei por pegar um Uber e ir até o local onde minha amiga estava a me esperar. 

Mas, no final das contas, o importante é que eu consegui chegar junto da minha amiga e aproveitar a companhia até dela e de seus amigos. Fomos comer e encontrar seu irmão, um verdadeiro lorde inglês de uma fantástica consciência política e sapiência cultural, incrível como ambos têm essas capacidades invejáveis. Pessoas como eles são cada vez mais raras hoje em dia. Estavam acompanhados de outros 3 amigos e como sempre foi um papo enriquecedor e que deu uma polida no meu cérebro, que aliás, estava a precisar de um pouco de finesse neste mundo de brutos. Obrigado amigos.

Antes de ir para um simpático e simples hotel, aquele do tipo “perto da rodoviária”, ainda fiquei me deliciando com o sorriso e a espontaneidade da minha amiga numa conversa descontraída na sua casa. E como sempre, fizemos juras de um dia, daqui a muito tempo, quando ficarmos velhos, um vai cuidar do outro para sempre.

Bons e amigos dias para ti também!