Menos é mais

Imagem de Carlos Pojo Rego

Guapimirim, terça-feira, 14 de fevereiro de 2023. Hoje estou pela manhã nesse isolamento no meio da floresta a esperar a operação, do meu amigo Micha, já perdi as contas dos dias e semanas a esperar, o que simplesmente nunca acontece. Hospital de primeira mas decisões médicas de terceira. Parece que o SUS continua a derrapar, meio sem rumo, numa sequência de mandos e desmandos. Muito triste, essa realidade que o povo brasileiro tem que conviver, infelizmente, a saúde pública no Brasil é uma m****, com muitas poucas exceções.

A passar de uma realidade dura para outra mais mole e amena, cá estou eu, no lume da cozinha a fazer umas torradas com uma caçarola pequeno frigideira. Simples, rápido e ainda economizo um eletrodoméstico, a torradeira, que só serve para assar fatias de pão. Interessante, pois a frigideira põe-se a assar, cozinhar e fritar uma quantidade muito grande de tipos de alimentos e não apenas um. 

Quando tu entras a fundo na filosofia minimalista, percebe-se uma grande quantidade de tralhas que tu tens ou tinhas. Sem dúvida pagastes, por vezes, uma fortuna e hoje não valem mais nada, pois não são mais usadas. Na cozinha da casa do Micha, tem uma quantidade de peças na cozinha que apenas variam pelo seguinte fato: de quase nunca ou de nunca terem sido usadas.

O que importa para mim é que cada pessoa tem de estabelecer a quantidade de objetos necessários para viver a vida. Hoje, depois de um bom tempo de estrada, vejo que não existe um número ideal ou limitante, como eu coloquei 50 itens em duas mochilas, no começo das minhas andanças. Essa decisão cabe a cada pessoa, e varia de acordo com o momento que esta a passar na vida, e a tua vontade de fazer essa limitação. 

Esse ano com minha ida à morar em Portugal e estabelecer uma morada fixa, vou ter essa quantidade de cinquenta itens, acrescida pela multiplicação, pois agora vão entrar os móveis, a bicicleta e quem sabe uma cama de casal, com seus dois lados ocupados, o que irá dobrar o consumo de suco de laranja.

Bons dias para todos.

A preparar o almoço

Imagem de Carlos Pojo Rego

Guapimirim, quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023. Eu adoro comer, e eu incluo, outra actividade que é também muito prazerosa, preparar os alimentos. 

Vou às compras, com lista e tudo, lembro que meu pai era o encarregado de fazê-la na sua casa, ele não cozinhava mas as compras era sua responsabilidade. No meu caso prefiro degustar uma boa sopa de beterraba com creme de leite fresco, do que ir ao mercado para comprar os ingredientes, mas sei da importância de obter insumos de boa qualidade para não comprometer os pratos, e por isso que não deixo de ir.

Ontem fiz um penne ao molho de tomate, uma receita bem simples e rápida do meu amigo italiano (nascido), argentino (cidadão) e brasileiro (viveu), Octávio um fotógrafo publicitário da velha guarda. Lembro-me ele que tinha uma moto Yamaha TTr 125cc, pequena e perigosa para a estrada, mas viajava de Brasília aos finais de semana para Goiânia, faça chuva ou sol, para ficar com a mulher, filha e cozinhar massas e beber vinho. 

Busco sempre comprar nos armazéns que vendem a granel e nas feiras livres, aqui em Guapimirim tem uma muito boa e com alguns produtos orgânicos ao lado da linha do trem. Os agricultores e mesmo os vendedores, sempre tem boas histórias a contar. Na feira tem música ao vivo e um honesto chopp a 6 reais o copo, que infelizmente é de plástico.

Muito recentemente conheci uma interessante dieta, a Paleolítica, sua premissa é comer como os homens das cavernas, que apenas coletavam e comiam os vegetais, sementes, castanhas e frutas que existem in natura. E  caçavam animais, a carne, bem, para os vegetarianos e veganos, pode ser substituída. Mas o que é mais importante, essa dieta, evita os produtos industrializados, principalmente os fabricados pela famigerada indústria alimentícia mundial.

Busque uma alimentação saudável. E bom apetite.

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O PEQUENO ALMOÇO

A preparar o café da manhã (pequeno almoço). (Imagem de Carlos Pojo Rego)

Guapimirim, quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023. Quando acordo nada melhor do que beber um bom café da manhã (pequeno almoço), com tudo que temos direito. 

Aproveitei o vídeo que gravei ontem no meu café da manhã e falei um pouco da minha alimentação. Faço seis refeições por dia. 1) Café da manhã (pequeno almoço) às 7 horas, 2) Lanche – suco com bolacha e manteiga de amendoim às 10 horas, 3) Almoço, de preferência da culinária italiana, massas às 13 horas, 4) Chá com torradas e geléia, 5) Jantar com os caldos  sopas e 6) Ceia, uma fruta. Na sexta-feira ou em outro dia quando vou dormir mais tarde, pois estou a conversar com amigos ou com o meu amor, bem, ainda não tenho oficialmente uma paixão, mas sinto a possibilidade no ar, eu degusto uns queijos de cabra com vinho tinto português, azeite de oliva e pão com fermento natural. São combinações mais do que perfeitas.

A alimentação e ingestão de água na quantidade certa, e sempre utilizar produtos de qualidade são a chave para uma boa saúde e a garantias de ter um corpo cheio de vitalidade e disposição física e mental.

Fiquei impressionado com a quantidade de equipamento antigo de fotografia, vídeo, livros raríssimos, selos, discos, aparelhos de som e muito mais, que o Micha tem na sua casa, mas está a querer colocar à venda, no Mercado Livre, tem coisa muito boa, mas para desapegar, ele tem de querer muito, pois, sem dúvida, trata-se de um acumulador. Para quem quer viajar para fotografar é impossível manter esse museu, tem de partir para uma vida mais leve.

Estive no hospital, a visitar Micha, o amigo que quebrou o braço em um acidente doméstico , está melhor. Almocei e jantei no Kioscanela. estavam ambas refeições muito gostosas. 

Gastei com o almoço R $18,00 e R $23,00 no jantar, total do dia de R $41,00. Acumulado no mês é de R $41,00

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PUDIM DE LEITE

Imagem de Mar Larracas da Pexels

O pudim de leite ou marfim (por conta da sua cor), com sua consistência cremosa e doce, surgiu no século XVI dentro dos conventos portugueses. E foi trazido pelos colonizadores portugueses ao Brasil, pegamos o gosto pelo doce bem rápido. Nessa época o pudim era feito de leite, não de leite condensado, criado em 1828. Ele era preparado com ovos, farinha, açúcar, leite e favas de baunilha. A receita abaixo, também não tem leite condensado.

Ingredientes:
240 gramas (1 xícara) de açúcar,
80 mililitros (1/3 de xícara) de água fervente,
1000 mililitros (1 litro) de leite tipo B,
6 ovos (peneires os ovos para tirar o cheiro forte), 

Modo de Preparo do caramelo:
Você vai precisar de uma fôrma redonda, com furo no meio, de 22 cm de diâmetro. Leve uma chaleira com 3 xícaras (chá) de água ao fogo médio – ela vai ser usada para fazer a calda e assar o pudim em banho-maria.
Numa panela média, leve o açúcar ao fogo baixo. Vá mexendo com uma espátula, até o açúcar derreter completamente e formar um caramelo dourado.
Meça ⅓ de xícara (chá) da água fervente e, com cuidado, regue sobre o caramelo. Atenção: a calda vai borbulhar. Em seguida, misture com a espátula, até formar uma calda lisa.
Transfira a calda para a forma, vertendo sobre o cone central. Com um pano de prato ou luva térmica, segure e gire a forma para caramelizar também a lateral. Reserve e prepare a mistura do pudim.

Modo de preparo do pudim:
Misture todos os ingredientes numa vasilha.
Coloque em uma forma caramelizada e leve ao forno alto, preaquecido em banho-maria até que espetando um palito o mesmo saia limpo (isso vai variar de forno para forno, o meu ficou 1 hora no forno).
A água do banho-maria já deve estar quente, assim o cozimento será mais rápido.
Deixe esfriar completamente para desenformar.
Se fizer um dia antes de servir, fica muito mais gostoso e parecido com o pudim de leite condensado!

Retire o pudim do forno e deixe amornar antes de levar para a geladeira. Deixe gelar por pelo menos 3 horas antes de desenformar (se preferir, prepare o pudim no dia anterior) .

Para desenformar, passe a base da forma sobre a chama do fogão aceso, apenas para soltar a calda. Cubra a forma com um prato com borda alta e vire de uma só vez. Deixe toda a calda escorrer sobre o pudim e sirva a seguir.

Tempo de preparo:​
120 minutos.

Porções:
12 porções

Equipamentos e utensílios para o preparo: 
Uma panela (caçarola) de um litro, uma colher cozinha, um boca do fogão, uma geladeira (frigorífico), panos de cera (cobrir a tigela),  uma tigela de vidro.

Utensílios para servir:
O molho é utilizado para fazer outros pratos

MEDIDAS CASEIRAS

Imagem de Jing por Pixabay 

Uma das coisas que menos gosto quanto vou fazer uma receita é a maneira que descrevem de maneiras tão diversas as quantidades utilizadas. Grama, litros, unidade, maço, pacote, lata, etc. Para evitar isso todas as receitas que sugiro e as faço para testar, estarão em gramas, com o seu equivalente em unidades (ovo), gramas e mililitros e entre parênteses o equivalente as “minhas” medidas caseiras. Estas medidas são bem fáceis de achar e certamente as tens na tua cozinha, são: uma chávena (xícara), com 240 mililitros ou gramas, colher de sopa, com 10 gramas ou mililitros e colher de chá com 5 gramas ou mililitros. Trata-se de uma média destes pesos ou medidas, mas ao testar as receitas eu coloco a real medidas e pesos conforme o peso específico dos ingrediente que utilizo nas “minhas” medidas caseiras.

Algumas folhagens são vendidas a quilo e outras, por pés (alface, couve-flor) ou maço (cebolinha, rúcula, agrião, etc.). Eu peso e coloco na receita em gramas e entre parênteses a porcentagem do maço ou pé. Um maço de cebolinha pesa 150 gramas se utilizo, 1/10 do maço, será 15 gramas.

Claro, que podes utilizar das medidas profissionais, mas dentro da filosofia, “menos é mais”, acho que vale a pena utilizar-se das chávenas (xícaras) e colheres caseiras, que todas as morada (casa) as têm.

PEQUENO ALMOÇO (CAFÉ DA MANHÃ)

Imagem de THE 5TH por Pixabay 

O pequeno almoço (café da manhã) é bem brasileiro com um toque das minhas andanças pelo mundo afora. Para o café da manhã (pequeno almoço), segue abaixo as receitas dos três menus, mas como tu já sabes, são sugestões, que devem serem alteradas com o teu gosto e hábito. Em outras publicações deste sítio (site), tu poderá ver os pratos que tem várias porções, como a coalhada, o fermento ou levain (em francês), que vais utilizar para fazer o um pão artesanal tipo italiano, uma maravilha.

Abaixo tem três variações do pequeno almoço (café da manhã), claro que tu terás muitas outras variações possíveis, use a tua imaginação, produtos da estação e do lugar que estás a morar. Estes menus são apresentado no meu curso: Viver como um Andante e Digital, clique no link, conheça e aproveita esta proposta de vida.

Modo de Preparo:
Os três tipos de menu tem praticamente o esmo preparo. Café com os grãos moídos na hora e preparado em cafeteira Moka, pegar as castanhas ou de caju ou do Brazil, a fatia de mamão Papaia ou comum, o ovo mexido, o cozido e a omelete com tomate, muçarela, ervas e sal, uma coalhada, uma fatia de pão com fermentação natural e manteiga com sal. Essa omelete, que tinha o nome de Capixaba, eu comia quando ia jogar tênis no CTA – Centro Técnico Aeroespacial, em São José dos Campos nos idos dos 60. Morei lá com a minha família. Meu pai estudou engenharia aeroportuária no Instituto Tecnológico da Aeronáutica, que fica no CTA, na época tinha a patente de capital ou major da FAB.

Tempo de preparo:
15 minutos (a coalhada já está pronto), nenhuma das três demora mais tempo.

Porções:
1 porção.

Equipamentos e utensílios para o preparo:
Uma cafeteira italiana Moka para três xícaras (chávenas) da Bialetti; um moinho de café manual, igual o da fazenda da minha tia Didi, na Estação Basílio, no Rio Grande do Sul; um moedor de sal e um moedor de pimenta, ambos da marca Peugeot, isso mesmo, aquela empresa francesa que também fabricas carros; uma faca serrilhada de cortar pão, uma colher de cozinha; o conjunto de facas Chef da Tramontina. Bem, aqui tenho de fazer uma parênteses, a cafeteira, o moinho, os moedores e as facas, são os “objetos com alma”, verdadeiros ícones eternos de qualidade, praticidade e bom desenho. Uma colher de cozinha, um boca do fogão e uma frigideira pequena.

Utensílios para servir:
Um jogo americano, dois pratos de sobremesa (uma para a fruta e outro para o pão e o ovo mexido), um garfo, uma faca, uma colher de sopa, uma xícara (chávena) de cafezinho, uma colher de café e uma tigela pequena (bowl) e bom apetite.

pão com fermento natural

Imagem de fancycrave1 por Pixabay.

O pão foi criado há cerca de 12 mil anos atrás, na Mesopotâmia, hoje Iraque, na mesma época em que o trigo começou a ser cultivado naquelas terras.

Fazer pão com massa lêveda (fermento natural)* não é difícil. Tu tens que separar um bom tempo para faze-lo, mas o resultado vai valer cada minutos gasto. Se tu seguires direito a receita abaixo, o teu pão já sai bom na primeira vez, mas a perfeição vem com o tempo e dedicação.

Ingredientes:
200 gramas (1 chávena)** de levain
300 mililitros (1 e 1/4 de chávena)** de água
500 gramas (2 chávena)** de farinha de trigo de preferência orgânica
5 gramas (1 colher de chá)** de sal
(**) Veja na postagem como são estas medidas: clique aqui > Medidas caseira.

Modo de Preparo:

Ponha a massa lêveda (fermento natural)* ou levain numa tigela de inox, dilua com a água, junte a farinha e o sal, e misture. Mexa primeiro com uma colher, depois com as mãos para fazer a massa.

Faça uma bola (bem grudenta), tampe a vasilha e deixe 1/2 hora. Dobre a massa, levando as bordas para o centro. Repita várias vezes. Tampe, deixe descansar 1/2 hora. Repita o ritual mais duas vezes.

Transfira a massa para um cesto forrado com um pano limpo e enfarinhado. Tampe a massa com o pano e deixe crescer em lugar abrigado por duas horas.

Ligue o forno a 250°C e ponha a panela vazia e tampada para esquentar por 25 minutos. Tire a panela do forno, abra, espalhe bastante farinha pelo fundo. Ponha o pão na panela, com cuidado para ele não ‘despencar’. Faça cortes na superfície do pão faca afiada. Cortes têm a função de liberar o vapor e o gás do crescimento da massa no forno. Devem ter uns 5 mm. Tampe a panela com o pão e asse por 25 minutos com a tampa (ele deve estar levemente dourado, como a foto acima).

Tire a tampa e asse até dourar, mais uns 20 minutos. Tire a caçarola (panela)* do forno, tire o pão da panela e ponha-o para esfriar numa grade ou sobre o fogão, deixando o ar circular por baixo. Espere esfriar antes de cortar. Use faca serrilhada para cortar pão.

Lave tudo inclusive o fogão quando acabar de o pão, seque e guarde no mesmo local sempre. Lembre dos 5 “S” (Seisu).

Tempo de preparo:
3 horas (podes fazer o pão durante o trabalho e na hora do almoço ou jantar coloque no forno).
8 horas para coalhar e uma hora de geladeira.

Porções:
12 fatias com porções de 47 gramas.

Equipamentos e utensílios para o preparo:
Um recipiente de inox, uma caçarola de ferro com tampa para usar no forno, uma faca.

Utensílios para servir:
Um cesto de palha e um pano para cobrir.

(*) Busco sempre escrevo com o falar de Portugal com a tradução para o português do Brasil, em itálico e entre parênteses. Como tenho a dupla nacionalidade (brasileiro e português), mas como vivi a minha vida, até agora no Brasil, busco aprender esse falar tão bonito das terras além mar de Camões, Fernando Pessoa e José Saramago.

FERMANTAÇÃO NATURAL (LEVAIN)

Google

Para fazer o pão artesanal com fermentação natural, primeiro temos de fazer a massa lêveda (fermento natural)* ou Levain em francês, o fermento natural para pães, que leva apenas água e farinha, mas demora oito dias para ficar pronto. Vamos lá então!

Ingredientes:
120 gramas (1/2 chávena)** de farinha de trigo branca (marca Venturelli) sem fermento
80 mililitros de água.
(**) Veja na postagem como são estas medidas: clique aqui > Medidas caseira.

Modo de Preparo:
No primeiro dia, misture um pouco de farinha e água para fazer uma bolinha do tamanho de uma bolinha de gude. Em seguida, coloque a bolinha num pote de vidro com água limpa. Depois, tampe o pote, guarde-o fora da geladeira. Deixe a bolinha na água até o dia seguinte

Durante os próximos cinco dias, repita o seguinte ritual: ponha um pouco de farinha num prato, pesque a bolinha da água e role na farinha. Modele. Troque a água do copo, ponha a bolinha, tampe o pote e deixe até o dia seguinte. Se ela se desfizer um pouco, recolha as partes, junte, reforce a farinha: não jogue fora.

Hora de transformar a bolinha em massa. Ponha numa vasilha de vidro 80 ml de água (parte da água do pote e parte de água limpa), 100g de farinha de trigo branca sem fermento e a bolinha. Misture. Tampe e deixe até o dia seguinte, fora da geladeira.

Reforme novamente o fermento, com as mesmas quantidades. Ponha o fermento numa vasilha, misture 80 ml de água limpa e 100g de farinha. Mexa com uma colher, tampe e espere até o dia seguinte, quando o levain estará pronto para ser usado.

Lave tudo que usastes quando acabar de fazer o fermento natural, seque e guarde todos os utensílios no mesmo local de sempre. Lembre dos 5 “S” (Seisu).

Tempo de preparo:
8 dias, mas só vais gastar uns quinze minutos por dia.

Porções:
Para fazer vários pães.

Equipamentos e utensílios para o preparo e guarda:
Um prato, um pote de vidro, reutilizado com tampa e o frigorífico (geladeira)**.

(*) Busco sempre escrever com o falar de Portugal com a tradução para o português do Brasil, em itálico e entre parênteses. Como tenho a dupla nacionalidade (brasileiro e português), mas como vivi a minha vida, até agora no Brasil, busco aprender esse falar tão bonito das terras além mar de Camões, Fernando Pessoa e José Saramago.

Coalhada

Imagem de Aline Ponce por Pixabay

A coalhada é um prato bastante antigo e bastante conhecido no Brasil. A coalhada surgiu 9.000 anos a.C. na Mesopotâmia, atualmente, corresponde aos territórios do Iraque, Irã e Jordânia, no Oriente Médio. É fruto de um preparo quase acidental, da fermentação do leite. Esse manejo já era reproduzido, provavelmente, 9.000 a.C. na Mesopotâmia, onde a criação de cabras e ovelhas fornecia leite como fonte de proteína. É uma receita muito fácil de preparar. esta é uma receita com várias porções, assim basta faze-la uma vez por semana e terá coalhada todos os dias.

Ingrediente:
1000 (4 chávenas)** mililitros de leite tipo B,
170 (1/2 chávena)** gramas de iogurte natural***.
(**) Veja na postagem como são estas medidas: clique aqui > Medidas caseira.
(***) ISCA – Na primeira vez que fizeres a coalhada podes utilizar um iogurte industrializado, depois basta guardar um copo dela, a isca, e misturar ao leite, a repetir o processo.

Modo de Preparo:
Colocar o leite numa caçarola (panela)* e levar ao lume (fogo)* até ferver. Retirar do fogo e deixar amornar até atingir a temperatura de 47°C, separar meia chávena (xícara)*. Diluir o iogurte no leite morno separado e juntar ao restante. Mexer rapidamente. Nos próximos, não precisas mais comprar o iogurte industrializado, basta guardar uma “isca”, ou seja, um pouco da coalhada pronta, meia chávena (xícara)* e colocar novamente no leite.

Colocar em uma tigela de vidro, tampar com um pano de cera reutilizado, não use filmes de plásticos transparentes, a natureza agradece. Envolver com pano grosso para reter o calor. Deixar repousar por 8 horas sem mexer. Após coalhar, levar à geladeira por algumas horas antes de degustar. Fica ainda melhor ao acrescentar frutas ou granola.

Tu poderás fazer também, a coalhada seca, para isso tu deves mexer até ficar homogênea e temperar, com alho, sal e azeite, comer com pão sírio fica ótimo.

Lave tudo inclusive o fogão quando acabar de fazer a coalhada e servir, seque e guarde no mesmo local sempre. Lembre dos 5 “S” (Seisu).

Tempo de preparo:
10 minutos.
8 horas para coalhar e uma hora de geladeira.

Porções:
8 porções de 125 mililitros.

Equipamentos e utensílios para o preparo:
Uma caçarola (panela)* de um litro, uma colher cozinha, um boca do fogão, um frigorífico (geladeira)*, panos de cera (cobrir a tigela), panos para manter a temperatura, uma tigela de vidro.

Utensílios para servir:
Um jogo americano, um vaso com uma flor natural, uma colher de sopa e uma tigela pequena (bowl) e bom apetite.

(*) Busco sempre escrevo com o falar de Portugal com a tradução para o português do Brasil, em itálico e entre parênteses. Como tenho a dupla nacionalidade (brasileiro e português), mas como vivi a minha vida, até agora no Brasil, busco aprender esse falar tão bonito das terras além mar de Camões, Fernando Pessoa e José Saramago.

OBJETOS COM ALMA

Para mim existem objetos que tem alma, tem uma história com pai ou mãe, seus criadores, dedicados que levaram seus filhos a gloria, tem uma vida com passado presente e futuro, são ícones de designer de todos os tempos. Separei meus 10 objetos de alma preferidos; 1) Cadeira Barcelona (1929), que está no MoMa (The Museum of Modern Art de New York) do arquiteto (arquitecto) alemão Ludwig Mies van der Rohe, 2) Cafeteira Moka da Bialetti (1933) para três xícaras (chávena), 3) Calça jeans Levis 501 (ganga) (1890), 4) Fiat 500 (1957), o cinquecento, 5) Moedor de sal e pimenta em grão da Peugeot (1889), 6) Caderno de anotações da Moleskine (1986), 7) Conjunto de facas chef da Tramontina, 8) Saca-rolha dois estágios La Guiole (1818), 9) Canivete do exercito suíço Victorinox (1884) e 10) Camisa marinière marinheiro da Chanel (1920).

Tem dois objetos que não os inclui, por minha total incapacidade de conseguir opera-los, são os notebooks (computadores portáveis) e celulares (telemóveis) da Apple (1976), mas, o vestuário do seu criador, Steve Jobs, tem item incluído nos top 10. A calça jeans (ganga) Levis 501. Em tempo o tênis que ele usa, que adoro, estará, sem dúvida, na lista expandida, o New Balance 996. Mas ainda não desisti de ter estes dois Apple.

Claro que tem outros para incluir nesta lista e que nem sempre são os melhores do mundo nas suas categorias, mas sem dúvida, para mim todos eles tem vida e por isso são objetos (objectos) com alma.