
Brasília, quinta-feira, 2 de março de 2023. Quando cheguei na rodoviária de Brasília, sem demora chegou meu filho, Eduardo, e fomos à embaixada de Portugal pegar o meu cartão do cidadão, com direito a foto na placa de embaixada.
Sem dúvida nenhuma é para mim um momento muito especial, foram quase 4 anos que coloquei dinheiro, tempo, documentos, telefonemas para Portugal. Sem dúvida o que mais complicou foi o atestado de que não tinha cometido crime na França e nos Estados Unidos, países que já morei. Esse último foi uma verdadeira batalha, pois o documento é emitido pelo FBI – Federal Bureau of Investigation em Washington, DC, EUA. Por incrível que possa parecer tive de fazer minhas impressões digitais da forma antiga, aquelas com tinta, rolo e muito tempo na pia com água e sapólio para tirar a tinta dos dedos. Foram duas tentativas: a primeira foi em uma delegacia de polícia em Anápolis, mas como a tinta estava velha, por que não se usa mais esse sistema no Brasil, agora é eletrônico e digital, apesar da boa vontade dos policiais não ficou boa e não foi aceita pelo FBI. Segunda tentativa que fiz na Polícia Federal e foi aceita.
Com essas idas e vindas, perdi o prazo da documentação em Portugal. Aí mais do que nunca devo a Dra. Gislaine Guerreiro, conseguiu mais tempo de prazo, me ajudou e incentivou desde o começo do meu processo. Outra pessoa que me ajudou em outro momento crucial, foi quando precisei fazer a tradução juramentada do documento que chegou do FBI do inglês para o portugues e não tinha dinheiro. Flora Lis, minha mais jovem filha, vendeu a televisão por 700 reais, que eu tinha lhe dado e paguei os 688 reais dos custos. Obrigado meninas.
Bons e viajantes dias a todos.