
Neste sábado resolvi pegar uma excursão, que não faz muito o meu género, acho chato e um pouco cafona, mas pelo preço R $89,90, fiquei tentado, e não me arrependi.
A excursão saiu de Porto Alegre às 5 horas da manhã e pude pagar o ônibus em São Leopoldo às 7 horas num posto da Shell. Um ótimo veículo de dois andares e quatro rodados (dois na frente e dois atrás) com todo o conforto, me levou até nosso destino, Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul.
Depois de um honesto buffet de café da manhã por R $20,00, embarcamos num ônibus secundário, paguei mais R$ 10,00 em dinheiro e tem que ser trocado, pois o motorista nunca tem troco (dica da guia) para enfrentar uma “boa estrada de terra” até o Parque Nacional Aparados da Serra, que é administrado de forma sofrível pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio do Ministério do Meio Ambiente. Conta a lenda local que será tercerizado no mês que vem, por uma empresa paulista, que ganhou a concorrência. Hoje o ICMBio não cobra para entrar e mais uma vez conta a lenda local que vão cobrar R $80,00 por pessoa.
Ficamos duas horas numa fila que estava na contramão da estrada fora do parque e a má vontade dos funcionários federais, se fez presente, ao dizer que a fila como era fora do parque não era de responsabilidade deles organizar. Mais um atestado de incompetência turística brasileira. Com a paciência típica de classe média em férias se falou muito mas não se fez qualquer reclamação formal com qualquer responsável.
Mas os cânions são lindos e ao chegar no estacionamento partimos para uma primeira trilha de 6 km (ida e volta). Realmente uma beleza repleta de araucárias enormes e lindas. Na trilha tem vários mirantes e o destaque é o do Cotovelo que dá o nome a trilha. Os paredões são lindos e exuberantes com seus 720 metros de profundidade. Na trilha estávamos a 1.100 metros do nível do mar.
Logo depois, com uma pequena parada para as necessidades básicas, vamos pela trilha do Vértice, com apenas 1,3 km (ida e volta). A caminhada pela borda do cânion é contemplada por um visual incrível, e na trilha é possível a visualização da cachoeira Véu de Noiva com seus suntuosos 700 metros de altura. A altura do Véu da Noiva me fez lembrar os 22 metros da Cachoeira do Abade em Pirenópolis, Goiás, a linda cidade histórica (1727) que vivi por 20 anos. Depois mais 40 minutos de ônibus para a padaria local e comer um “Xis”. como nós gaúchos chamamos o Cheeseburger. Lá, às 16 horas, eu gastei mais R $21,00 para o que foi o meu almoço tardio ou um jantar prematuro.
Comido, peguei o ônibus de volta para o posto Shell em São Leopoldo, mas no outro lado da BR e “tive” de passar por uma passarela bem iluminada mas com pouca conversação, aliás, como todo o serviço público oferecido aos pedestre nesse país, com raras e honrosas exceções.
Parabéns para a agência que organizou o passeio “bate e volta”, a Trip Tri de Porto Alegre, RS, que proporcionou um justo e honesto passeio de um dia por R $131,00 com tudo incluso. Em tempo, gastei mais um pouco e esqueci de incluir, R $16,60 para ir e voltar ao Posto Shell de Uber.
Fontes e Imagens: Carlos Pojo Rego