ANDANTE DIGITAL A MINHA VERSÃO DO “NOMADLAND”

Falando novamente sobre o livro Nomadland (Amazon por R$41,90 + frete), que eu estou lendo, o filme como mesmo nome, foi baseado nele e conta a saga de americanos que vagam pelos Estados Unidos em velhas vans, pipocando de cidade em cidade a busca de empregos temporários para completar suas insuficientes ou até nenhuma aposentadorias.

Resultado de uma América doente, gananciosa e injusta. Por aqui no Brasil, em nada diferente da realidade que o filme relata, eu decidi, viver a minha versão da Nomadland. Com minha pequena aposentadoria que me sobra R $1.300,00 (€210), depois de pagar os meus empréstimos consignados, vou viver como um nômade moderno, mas, infelizmente ainda, sem as velhas Vans dormitório americanas. A andar e viajar de ônibus, morando em quartos alugados em casas de famílias e permanecendo em pequenas cidades (Morro Reuter, Picada Café) e às vezes por necessidade em médias cidades (São Leopoldo) pelo Brasil.  Mas, sempre fugindo das grandes cidades. No ano que vem (2022), se tudo correr bem com a minha nacionalidade portuguesa, também, vou ser um nômade digital no meu Portugal querido.

Adoro a leitura e vou utilizá-la como a minha principal forma de continuar a minha educação. Manter-me informado e resistente a esta sociedade brasileira que infelizmente também está muito doente. 

Esta semana, numa praça no centro de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, passei horas me deliciando com o passar das páginas desta realidade que as letras mostram da vida dos sobreviventes do falso sonho americano acordados em pleno século XXI.

Uma lista, não finalizada, em ordem alfabética dos livros que eu acho que todos deveriam ler, que vou reler um por mês (- mês/ano):
1) “Admiravel Mundo Novo” por Aldous Huxley (1894/1963)
2) “Banquete” por Platão (347 a.C.‎/‎427 a.C.)
3) “Cem Anos de Solidão” por Gabriel García Márquez (1927/2014)
4) “Crime e Castigo” por Fiódor Dostoiévski (????/1881)
5) “Demian” por Hermann Hesse (1877/1962)
6) “Dom Casmurro” por Machado de Assis (1839/1908)
7) “Dom Quixote de la Mancha” por Miguel de Cervantes (1547/1616)
8) “Ensaio Sobre a Cegueira” por José Saramago (1922/2010)
9) “Grande Sertão: Veredas” por João Guimarães Rosa (1908/1967)
10) “Hamlet” por Willian Shakespeare (1564/1616)
11) “Mrs. Dalloway” por Virginia Woolf
12) “Nomadland” por Jessica Bruder (????/ ) – julho/2021
13) “Morte em Veneza” por Thomas Mann
14) “O Processo” por Franz Kafka
15) “O Apanhador no Campo de Centeio” por J.D. Salinger (1919/2010) – agosto/2021
16) “On the road: Pé na Estrada” por Jack Kerouac
17) “O Sol é para Todos” por Harper Lee
18) “1984” por George Orwell (
19) “Você fica tão sozinho às vezes que até faz sentido” por Charles Bukowski











Fontes e Imagens: Carlos Pojo Rego

PROJETO DE VIDA NÔMADE – ANDANTE DIGITAL

No dia 1 de julho de 2021, começo meu novo projeto de vida – Andante Digital.  A proposta é de viver como um nômade moderno mudando de cidade em cidade, vivendo com os moradores e sua vivência e cultura local. Viver com “somente” 50 itens de bens duráveis que vou utilizar para a minha alimentação (1), no bem-estar (2) com higiene, saúde e vestuário, na educação (3) com passeios e livros, na habitação (4) no aluguel do quarto, na mobilidade (5) com mochilas e transporte e finalmente no trabalho (6) online com a Internet móvel e presencial . Estes bens estão alojados nas minhas duas mochilas, uma de 30 litros e outra de 60 litros (incluídas no 50 itens).

Além dos bens duráveis tenho os insumos, que são os bens não duráveis,  que utilizo na minha higiene pessoal, lavar roupa (sabão em pó) e para a saúde (remédios). São produtos que são consumidos em curto espaço de tempo: como os sabonetes e shampoos sólidos, esparadrapo, escova e pasta de dentes, entre outros. 

A proposta do projeto, além da quantidade dos bens duráveis, haverá uma limitação do recurso financeiro. Vou gastar “apenas” um salário mínimo por mês, equivalente hoje a R $1.100,00 (2021), para cobrir todas as despesas diárias básicas e mais R $330,00 como poupança para extras, deslocamentos, manutenções, saúde e emergências . Estas despesas serão divididas nos 6 segmentos, acima. Como uma estimativa inicial de um salário mínimo, ele será distribuído: 45% (R$ 495,00) em alimentação (6 refeições), 5% (R$ 55,00) em bem-estar, 10% (R$ 110,00) em educação, 30% (R$ 330,00) em habitação, 5% (R$ 55,00) em mobilidade e 5% (R$ 55,00) no trabalho. 

Nas próximas postagens vou começar a detalhar cada um destes segmentos. Vamos também viver juntos esta proposta de vida, acompanhar o meu dia a dia. A primeira cidade escolhida para morar um tempo é Picada Café, na Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul. Uma volta às origens, como sou gaúcho, vai ser bom reviver momentos de minha infância pelas serras de Canela e redondeza.  Também sou português, minha dupla nacionalidade (quase finalizada) adquirida pelo fato do meu avô paterno ser português, nascido em Lousã nas montanhas no norte de Portugal.

Vamos lá comigo amigos.