TECNOFEUDALISMO: O DOMÍNIO DAS MEGAS-PLATAFORMAS

Tecnofeudalismo, termo criado por Cédric Duran, economista francês e professor na Sorbonne, é um especialista na organização da economia mundial e da dinâmica do capitalismo: empresas multinacionais, deslocalizações, globalização, cadeias mundiais de produção. Duran criou este termo para explicar o domínio das mega-plataformas como a Google, Uber, AirBnB, entre outras, que em breve, pode não haver vida econômica fora do território dos gigantes. Estes gigantes criaram dependência e controle muito mais graves que os da era industrial. As novas tecnologias são completamente o contrário do que prometem.

O mito do Vale do Silício se derrete diante de nós: acumulação escandalosa de lucros, tecnoditadores, desigualdades sociais incabíveis, desemprego crônico, milhões de pobres adicionais e um punhado de tecno-oligarcas que acumulam fortunas jamais vistas. A tão badalada “nova economia” deu lugar a uma economia da dominação e desigualdade.

Durand, em seu livro, projeta uma viagem na contramão, uma desconstrução dos mitos tecnológicos: a digitalização do mundo não conduziu ao progresso humano, mas a uma gigantesca regressão em todos os âmbitos: restauração dos monopólios, dependência, manipulação política, privilégios e uma tarefa de predação global são a identidade verdadeira da nova economia.

Fontes e Imagens: Outras palavras

UMA BIBLIOTECA QUE INVÉS DE LER, TU OUVES HISTÓRIAS DE PESSOAS

Minha linda amiga, Cejane, me enviou uma matéria do Instagram sobre as “bibliotecas humanas”. Fiquei fascinado, trata-se de um projeto que existe há mais de 20 anos (2.000), é uma plataforma na Internet, a Human Library, de aprendizagem sem fins lucrativos, que hospeda conversas pessoais destinadas a desafiar o estigma e os estereótipos. 

O acervo de “livros humanos” estão em forma virtual ou em apresentações em bibliotecas com hora marcada, como na Biblioteca de Albertslund, em Copenhague, na Dinamarca. Ela conta com assuntos relacionados a experiências vividas pelas pessoas que vão contar a sua história. A biblioteca trabalha com grupos de voluntários que são estereótipos da sociedade, como minorias sexuais, religiosas e até raciais. Lá você em vez de pegar um livro emprestado, você pode ouvir a história da vida, por 30 minutos, contada por uma pessoa ao “vivo e a cores”. O objetivo desse projeto é combater o preconceito.

Você também pode ter sua história de vida  selecionada e publicada na biblioteca humana, basta para isso que você se inscreva no site (sítio) da Human Library Organization, preenchendo e respondendo algumas perguntas em um formulário, para vê-lo  clique aqui

Gostei tanto dessa ideia que estou pensando em oferecer três vezes por semana conversar, sem cobrar nada, com pessoas sobre a minha experiência de ser um Andante Digital através de um aplicativo que é um calendário em que as pessoas marcam o encontro com dia e hora, em uma agenda que eu disponibilizo no site [sítio) e nas redes sociais. Vou pensar nisso com atenç

Fontes e Imagens: Carlos Pojo Rego, Curta Mais

MOBILIZE: FAMÍLIA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS DA RENAULT

A família Mobilize com o conceito EZ-1 da Renault, tem três modelos,  Duo, Bento e Hippo, destinados aos serviços de compartilhamento e entregas urbanas.

A Mobilize é um braço da Renault que oferece serviços de mobilidade nas cidades através de veículos compartilhados e além disso tem foco na economia circular, trabalhando em como dar uma segunda vida às baterias, reciclá-las e desenvolver plataformas de última geração para o gerenciamento dessas novas demandas.

Mobilize DUO: um carro elétrico de passageiros de dois lugares para o serviço próprio de compartilhamento. Pode acomodar duas pessoas. A marca francesa anunciou que o modelo é até 95% reciclável.

Mobilize BENTO é uma variante de carga baseado no DUO e possui um compartimento de carga com volume de um metro cúbico.

Mobilize HIPPO é um pequeno veículo elétrico para entrega de mercadorias em áreas onde a circulação de veículos com motores a combustão é proibida, como em armazéns fechados ou em regiões centrais das cidades. O pequeno veículo elétrico pode transportar até três metros cúbicos de carga com peso de até 200 quilos.

Os veículos serão equipados com uma a quatro baterias com capacidade de 2,3 kWh a 9,2 kWh. 

Fontes e Imagens: Insideevs 

ALEMANHA ELEGE O TURISMO “SLOW TRAVEL”

A pandemia acelerou algumas mudanças no mundo, uma delas, sem dúvida foi no turismo, todos pedem ar livre, localidades afastadas das massas, alojamentos rurais, natureza. O Slow Travel veio para ficar.

A Alemanha pôs-se na dianteira e entrou de cabeça no slow travel. com turismo sustentável, o aprofundando na cultura local e o sentir-se bem (feel good). Que é como quem diz: em segurança. Com a perfeita consciência de que a promoção só trará frutos a prazo num destino que era o nono mundial (com quase 90 milhões de dormidas) antes da pandemia e que já tem a funcionar o passaporte digital que abre o caminho a quem tenha tido covid, esteja a totalmente vacinado ou apresente um teste negativo.

Não obstante, o país tem o trabalho feito para arrancar com a sustentabilidade. Porque, lembrou, sustentabilidade faz parte da vida dos alemães há anos.

A Alemanha propõe ao turista conhecer “sítios inesperados”, fora dos circuitos batidos mas carregados de cultura, tradição, gastronomia com  cerveja, claro, natureza intacta e propostas de atividades ao ar livre. Arquitetura preservada longe dos centros, arte de padaria medieval, porcelana artesanal, agricultura biológica, rios, lagos e praias. “Bem, um diferente tipo de praia.”

Um bom exemplo disso é uma aldeia totalmente biológica a Schmilka na Saxónia. Com um lindo moinho de 1665, que ainda produz farinha para a padaria local, as casas são em enxaimel, a gastronomia é com produtos locais e a cerveja é artesanal. 

A proposta agora é para desacelerar, e parece que veio para ficar, mesmo depois da pandemia.

Fontes e Imagens: Volta ao mundo