ACABEI POR FICAR A MORAR EM SÃO LEOPOLDO

Sem nenhuma conotação pejorativa, “acabei por ficar a morar em São Leopoldo”, por vários motivos estou a morar agora nesta cidade. Sempre gostei de cidades pequenas, com menos de 10.000 habitantes, pois são tranquilas e no caso do sul do Brasil, bem organizadas. As dificuldades que tive para encontrar um lugar barato para morar, queria pagar em torno de 350 reais por mês por um quarto. Estive nas cidades de Picada Café e Morro Reuter, ambas na serra gaúcha e não consegui nenhum quarto.

Acredito que nos contatos que lá tive, senti uma certa desconfiança pelo fato de ser “de fora” e um certo preconceito com um jornalista (repórter fotográfico) sem emprego na cidade. Talvez se tivesse um emprego por aqui, seria mais fácil conseguir um alojamento.

Já em São Leopoldo (238.648 habitantes), apesar de ser uma de tamanho médio para o Brasil, eu tive a facilidade de ter amigos na cidade, acabei muito confortavelmente instalado na linda casa dos meus amigos Liane e Chico e da filha deles, Vitória. Esses amigos eu os conheci nas praias da Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro, a uns 30 e tantos anos atrás.

Devo ficar por aqui uns três meses, mas vou subir e descer a serra várias vezes para conhecer e aproveitar estas terras maravilhosas, que apesar de gaúcho, me apaixonei recentemente pelas suas lindas cores (quatro estações do ano), seus sabores e suas falas (com sotaque alemão e italiano).

A próxima cidade que gostaria de morar é Chuí (6.320 habitantes), o município brasileiro mais mais meridional do Brasil, no extremo sul do estado do Rio Grande do Sul. Faz fronteira com a cidade de Chuy, no Uruguai. Adoro o Uruguai, um lindo pequeno pais e onde vive, meu “heroi”, o ex-presidente José “Pepe” Mogica. Um ser humno muiti raro.

Sem dúvida, devo me preparar com mais informações e fazer alguns contatos com seus moradores, mesmo que virtuais, para comseguir um lugar para ficar com preço acessível. Principalmente para os “pobres” aposentados brasileiros pelo INSS. Para isso vou contar muito com o pai dos burros, o “velho” Google.

Tem uma frase no filme Hair (1979) do grande diretor, Miloš Forman, quando o pai fala para o filho que está indo a Nova York se alistar para a guerra do Vietnã – “Não se preocupe, só as pessoas espertas que devem se preocupar, pois Deus toma conta dos bobos”. Portanto, sem dúvida, não devo me preocupar …

Fontes e textos: Carlos Pojo Rego

ANDANTE DIGITAL – BUSCANDO UMA CIDADE PARA MORAR

Na quinta-feira, estive o dia todo em Picada Café no Rio Grande do Sul, estava a procurar uma cidade na serra Gaúcha, para ser a primeira parada deste nômade digital. Estive com algumas pessoas que me deram dicas para encontrar o meu “lar” temporário. No posto de combustível da gaúcha Ipiranga, Fiquei concentrado na aula de inglês, com dois dos meus seis filhos via internet, éramos três pessoas, uma filha na Suíça, um filho em Brasília e eu em Picada Café, distantes entre si por milhares de quilômetros, mas o fato estarmos naquele bate papo tão gostoso, mostra uma realidade que ainda me surpreende. Viva a tecnologia do bem. Depois fiquei a perguntar se alguém conhecia pessoas que alugavam quartos ou kitnet na cidade.

Indicado pelo senhor com cara de italiano, num mundo onde só se vê caras de alemães, acabei chegando a uma antiga casa no centro da cidade. Lá falei com uma senhora, que aparentava uns 90 anos, ela me disse que todos os dois quartos estavam alugados. A idosa e mais uma senhora mais jovem acompanhada por sua inseparável vassoura preste a começar a limpeza do chão, mas, que durante todo o tempo que lá estive, nunca aconteceu, A senhora com sua vassoura é que comandava o “inquérito” sobre o que eu ia fazer em Picada, para quem eu trabalhava, quanto tempo eu ia ficar, de onde eu vim, etc e tal. Isso felizmente não durou muito tempo, elas sugeriram ir à única pousada da cidade na beira da estrada para Gramado. Nem fui à pousada, pois já a conhecia, e sua diária estava fora do meu orçamento de moradia temporária. Fiquei sem teto…

Voltei, de ônibus, para São Leopoldo, para a casa dos meus amigos. Amanhã volto a procurar um lugar para morar, vai ser numa cidade próxima, Morro Reuter. Através da prima de um amigo meu Leopoldense, encontrei um contato para uma kitnet. Vamos lá …

PROJETO DE VIDA NÔMADE – ANDANTE DIGITAL

No dia 1 de julho de 2021, começo meu novo projeto de vida – Andante Digital.  A proposta é de viver como um nômade moderno mudando de cidade em cidade, vivendo com os moradores e sua vivência e cultura local. Viver com “somente” 50 itens de bens duráveis que vou utilizar para a minha alimentação (1), no bem-estar (2) com higiene, saúde e vestuário, na educação (3) com passeios e livros, na habitação (4) no aluguel do quarto, na mobilidade (5) com mochilas e transporte e finalmente no trabalho (6) online com a Internet móvel e presencial . Estes bens estão alojados nas minhas duas mochilas, uma de 30 litros e outra de 60 litros (incluídas no 50 itens).

Além dos bens duráveis tenho os insumos, que são os bens não duráveis,  que utilizo na minha higiene pessoal, lavar roupa (sabão em pó) e para a saúde (remédios). São produtos que são consumidos em curto espaço de tempo: como os sabonetes e shampoos sólidos, esparadrapo, escova e pasta de dentes, entre outros. 

A proposta do projeto, além da quantidade dos bens duráveis, haverá uma limitação do recurso financeiro. Vou gastar “apenas” um salário mínimo por mês, equivalente hoje a R $1.100,00 (2021), para cobrir todas as despesas diárias básicas e mais R $330,00 como poupança para extras, deslocamentos, manutenções, saúde e emergências . Estas despesas serão divididas nos 6 segmentos, acima. Como uma estimativa inicial de um salário mínimo, ele será distribuído: 45% (R$ 495,00) em alimentação (6 refeições), 5% (R$ 55,00) em bem-estar, 10% (R$ 110,00) em educação, 30% (R$ 330,00) em habitação, 5% (R$ 55,00) em mobilidade e 5% (R$ 55,00) no trabalho. 

Nas próximas postagens vou começar a detalhar cada um destes segmentos. Vamos também viver juntos esta proposta de vida, acompanhar o meu dia a dia. A primeira cidade escolhida para morar um tempo é Picada Café, na Serra Gaúcha, Rio Grande do Sul. Uma volta às origens, como sou gaúcho, vai ser bom reviver momentos de minha infância pelas serras de Canela e redondeza.  Também sou português, minha dupla nacionalidade (quase finalizada) adquirida pelo fato do meu avô paterno ser português, nascido em Lousã nas montanhas no norte de Portugal.

Vamos lá comigo amigos.