O CARRO ELÉTRICO MAIS BARATO NO MUNDO

Quando penso em carro elétrico, vejo vários modelos bem interessantes, mas com preço ainda muito alto para a maioria dos mortais. Mas tudo indica que o governo da Rússia, apesar do lançamento ter passado por dificuldades e diversos atrasos no cronograma, vai lançar o modelo urbano Zetta que promete ser o carro elétrico “mais barato do mundo” e o seu lançamento deve ocorrer até o final do ano (2021).

Minha ideia de uso do carro elétrico é que seja urbano (pequenas distâncias) ou semiurbano (média distâncias) compartilhado por mais de um usuário, através de aplicativos em telemóvel (celular), cobrado pelo uso e para lugares que não existam transporte coletivo. Pois mesmo elétrico ainda é um transporte que polui mais do que o transporte coletivo.

O EV de três portas, o Zetta, será produzido a beira do Volga na fábrica a Togliatti do Grupo Renault, é um pequeno carro elétrico, que está a passar pelos testes finais e o seu valor de venda, será algo em torno de 550.000 rublos, o equivalente a € 6.500 (R$ 39.500). 

O Zetta conta com três metros de comprimento e tração dianteira que alcança a velocidade máxima de 120 km/h. O veículo para apenas dois ocupantes é equipado com uma fonte de energia de apenas 10 kWh, que promete autonomia de 180 quilômetros com uma única carga. Mais do suficiente para um carro urbano com viagens de pequenas e médias distâncias diárias.

Fontes e Imagens: Olhar digital

COMO VIVER EM UMA VAN E VIAJAR O TEMPO TODO?

Lendo o meu livro do mês, “Nomadland”, escrito pela jornalista Jessica Bruder, um livro que eu adorei do começo ao fim, pois, tem a ver com a fase atual de minha vida, de viver como o Andante Digital – Viajar e Trabalhar de maneira permanente pelas cidades do Brasil e do Mundo. Jessica fala na página 86 que Linda, a protagonista do livro, descobre um sítio (site) na internet cheaprvliving.com, escrito por Bob Wells, que prega o anticonsumismo de “viver feliz com menos”.  

Bob escreve no seu blog, “A chave é eliminar a maior despesa que a maioria de nós temos, nossa moradia. Ele passou a morar numa van (carrinha) pelos últimos 25 anos.  O blog responde perguntas e sugere opções de veículos e acessórios para se viver em “casas com volantes” Uma das perguntas mais frequentes é: “Mas como posso pagar para viver em uma van (carrinha) e viajar o tempo todo? “Bob tem a resposta na ponta da língua: “Como você pode se dar ao luxo de não fazer isso?” 

E na primeira página do seu blog coloca uma tabela com dois orçamentos (um de 500 dólares americanos por mês e outro de 1.000 dólares americanos por mês), eles mostram quão pouco dinheiro você precisa para viver e viajar em tempo integral. 

$500 p/ mês$1.000 p/ mêsDescrição dos itens
$50$150Poupança para manutenção de veículos, reparos e dias chuvosos. Os problemas são inevitáveis, então é melhor guardar e se preparar.
$150$175Alimentação, obviamente você não precisa comer fora várias vezes, mas sempre deve comer bem.
$50$50Seguro do veículo. Este valor é apenas uma estimativa, pois existem muitas variáveis.
$50$75Telemóvel (celular) e acesso a Internet
$150$300Combustível. Com o aumento constante dos combustíveis, você terá de viajar menos. Pare e cheire as rosas! 
$25$150Itens diversos
$25$100Lazer
$500 Total$1.000Total

Como eu falei no começo dessa postagem ao viver em seu veículo, você economiza no aluguel, no pagamento da hipoteca ou no empréstimo da sua casa. Que sem dúvida é a maior despesa do seu orçamento doméstico.

Bob, também explica, de uma forma bem simples, como você pode trabalhar um tempo e assim que juntar algum dinheiro começa a sua viagem. Ou podemos passar vários meses em um lugar e depois viajar vários meses. Quando você precisar trabalhar novamente, você consegue um emprego para lavar pratos em um hotel. Você passa os fins de semana de verão fazendo caminhadas e tirando fotos. Três meses depois, você está livre novamente. 

Se você tem uma profissão mais técnica, e com acesso à Internet, muitos trabalhos tradicionais podem ser feitos remotamente enquanto você viaja. Existem muitos livros e sites com uma grande seleção de ideias.

Já pensei numa segunda etapa do Andante Digital. Que vou fazer a opção de morar numa carrinha (van) e viajar com o dinheiro que recebo da minha aposentadoria, mais trabalho remoto pela internet. Aliás meu “sonho” seriam duas carrinhas, uma no Brasil (6 meses) e outra em Portugal (6 meses).

Fontes e Imagens: Carlos Pojo Rego, Homes on Wheels

ANDANTE DIGITAL – BUSCANDO UMA CIDADE PARA MORAR

Na quinta-feira, estive o dia todo em Picada Café no Rio Grande do Sul, estava a procurar uma cidade na serra Gaúcha, para ser a primeira parada deste nômade digital. Estive com algumas pessoas que me deram dicas para encontrar o meu “lar” temporário. No posto de combustível da gaúcha Ipiranga, Fiquei concentrado na aula de inglês, com dois dos meus seis filhos via internet, éramos três pessoas, uma filha na Suíça, um filho em Brasília e eu em Picada Café, distantes entre si por milhares de quilômetros, mas o fato estarmos naquele bate papo tão gostoso, mostra uma realidade que ainda me surpreende. Viva a tecnologia do bem. Depois fiquei a perguntar se alguém conhecia pessoas que alugavam quartos ou kitnet na cidade.

Indicado pelo senhor com cara de italiano, num mundo onde só se vê caras de alemães, acabei chegando a uma antiga casa no centro da cidade. Lá falei com uma senhora, que aparentava uns 90 anos, ela me disse que todos os dois quartos estavam alugados. A idosa e mais uma senhora mais jovem acompanhada por sua inseparável vassoura preste a começar a limpeza do chão, mas, que durante todo o tempo que lá estive, nunca aconteceu, A senhora com sua vassoura é que comandava o “inquérito” sobre o que eu ia fazer em Picada, para quem eu trabalhava, quanto tempo eu ia ficar, de onde eu vim, etc e tal. Isso felizmente não durou muito tempo, elas sugeriram ir à única pousada da cidade na beira da estrada para Gramado. Nem fui à pousada, pois já a conhecia, e sua diária estava fora do meu orçamento de moradia temporária. Fiquei sem teto…

Voltei, de ônibus, para São Leopoldo, para a casa dos meus amigos. Amanhã volto a procurar um lugar para morar, vai ser numa cidade próxima, Morro Reuter. Através da prima de um amigo meu Leopoldense, encontrei um contato para uma kitnet. Vamos lá …