
Guapimirim, terça-feira, 14 de fevereiro de 2023. Hoje estou pela manhã nesse isolamento no meio da floresta a esperar a operação, do meu amigo Micha, já perdi as contas dos dias e semanas a esperar, o que simplesmente nunca acontece. Hospital de primeira mas decisões médicas de terceira. Parece que o SUS continua a derrapar, meio sem rumo, numa sequência de mandos e desmandos. Muito triste, essa realidade que o povo brasileiro tem que conviver, infelizmente, a saúde pública no Brasil é uma m****, com muitas poucas exceções.
A passar de uma realidade dura para outra mais mole e amena, cá estou eu, no lume da cozinha a fazer umas torradas com uma caçarola pequeno frigideira. Simples, rápido e ainda economizo um eletrodoméstico, a torradeira, que só serve para assar fatias de pão. Interessante, pois a frigideira põe-se a assar, cozinhar e fritar uma quantidade muito grande de tipos de alimentos e não apenas um.
Quando tu entras a fundo na filosofia minimalista, percebe-se uma grande quantidade de tralhas que tu tens ou tinhas. Sem dúvida pagastes, por vezes, uma fortuna e hoje não valem mais nada, pois não são mais usadas. Na cozinha da casa do Micha, tem uma quantidade de peças na cozinha que apenas variam pelo seguinte fato: de quase nunca ou de nunca terem sido usadas.
O que importa para mim é que cada pessoa tem de estabelecer a quantidade de objetos necessários para viver a vida. Hoje, depois de um bom tempo de estrada, vejo que não existe um número ideal ou limitante, como eu coloquei 50 itens em duas mochilas, no começo das minhas andanças. Essa decisão cabe a cada pessoa, e varia de acordo com o momento que esta a passar na vida, e a tua vontade de fazer essa limitação.
Esse ano com minha ida à morar em Portugal e estabelecer uma morada fixa, vou ter essa quantidade de cinquenta itens, acrescida pela multiplicação, pois agora vão entrar os móveis, a bicicleta e quem sabe uma cama de casal, com seus dois lados ocupados, o que irá dobrar o consumo de suco de laranja.
Bons dias para todos.