MINHA CADEIRA PREDILECTA

Imagem de Carlos Pojo Rego.

Quando estamos a morar em uma casa não temos ideia do que é não ter um lugar para sentar.

Hoje eu estou a viver numa barraca (tenda)* e por isso sei da importância de sentar.

Todas as manhãs sinto muita falta dela, para calçar as meias (peúgas) e calçados, para ler, para saborear as refeições e para não fazer nada, apenas sentar e relaxar.

Como estou a mudar para Portugal, dentro de alguns meses (abril 2024), não comprei ainda a  minha cadeira desmontável.

Por isso, eu uso um pequeno tonel de plástico que estava no camping. Nossa, como ficou mais fácil algumas tarefas do dia a dia.

Mas ao voltar a viajar, vou comprar uma sem falta.

Com as características de ser leve e fácil de montar, para poder levar em um dos meus quatro alforges laterais na minha bicicleta.

Em Portugal a cadeira Quechua MH 500 na Decathlon custa €40 (R$214,00). Tem um outro modelo que é da Azteq um pouco mais leve 870 gramas.

Ao falar de Portugal, vamos pensar quem vive melhor, o assalariado no Brasil ou em Portugal. O salário mínimo no Brasil é de R$1.421,00 (2024) ou R$6,46 por hora (220 horas/mês) e em Portugal é €820 (2024) ou  €3,73 por hora (220 horas/mês). Por isso, no Brasil é necessário trabalhar 51 horas e meia para poder comprar a cadeira. Em Portugal é necessário apenas, um pouco mais de 11 horas. Ou seja, o poder de compra do salário mínimo português (um dos mais baixos da Europa) é quase 4,5 vezes maior do que o brasileiro. 

Mas como bem diz, Pepe Mujica: “A vida não é só trabalhar, mas viver. Tem coisas que você não compra com dinheiro, mas com o tempo que você gastou para ganhar o dinheiro. Guarde tempo para os seus afetos, carinhos, amigos, para ser solidário com outros seres humanos”.

Compre só o essencial sem supérfluos. E como é triste viver com o mínimo no Brasil.

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