PRODUÇÃO DE IMAGENS

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Produção de Imagens e Vídeos para Andante e Digital

Após discorrer sobre a produção textual, é hora de adentrar no universo das imagens que elaboro para o Andante e Digital na internet, uma atividade que ocupa minhas tardes de segunda a quinta-feira e nos outros dias da semana.

Meu objetivo é sempre utilizar fotos e vídeos que retratem minhas atividades diárias, capturadas por mim mesmo.

O processo de edição e produção das fotos, no Canva, acontece das 10h às 11h. 

Para o Andante, as imagens fixas consistem em fotos tiradas em um único tamanho, no formato horizontal, a utilizar* o celular.

Após experimentar diversos tamanhos, optei por simplificar, utilizando o menor número possível de variações. 

As fotos são editadas em três formatos:

Fotos quadradas (1080×1080 px), com as bandeiras do Brasil e de Portugal na parte inferior, para o Site, Instagram e Facebook.

Fotos horizontais (1920×1080 px), utilizadas como miniaturas para o Youtube.

Fotos verticais (1080×1920 px), ideais para Stories e capa do Reels no Instagram e Facebook.

Os vídeos são capturados em dois formatos distintos:

Vídeos horizontais (1920×1080 px) com uma média de 15 minutos de duração, destinados ao Youtube e a cursos mais extensos. 

Para esses, utilizo o Movavi, adicionando uma vinheta de entrada e outra de finalização.

Vídeos verticais (1080×1920 px), com duração entre 15 e 30 segundos, projetados para os Reels do Instagram, Facebook e para o recurso Shorts do Youtube. 

Esses também recebem edição no , com as mesmas vinhetas de entrada e finalização.

As imagens, tanto fotos quanto vídeos, podem ser baseadas em ideias predefinidas ou gerar conteúdo novo por si só. 

Este processo de captação de imagens, de fotos e vídeos, funciona de forma contínua, 24 horas por dia, alimentado pela criatividade.

Entretanto, mantenho dois dias livres na minha agenda semanal para o ócio criativo, um momento importante para recarregar as energias e fomentar a inspiração.

(*) São palavras utilizadas no português falado em Portugal.

SAUDOSA MALOCA

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Ontem, estive presente em uma apresentação emocionante no Espaço Ita e Alaor, em Pirenópolis, GO, que me transportou para minha infância. 

Lá, pude reviver as memórias de meu pai dedilhando seu violão e entoando os acordes de “Saudosa Maloca”, de Adoniran Barbosa, uma canção que ele tanto amava.

Fui gentilmente convidado pela recém-conhecida e futura amiga Nana para uma palestra sobre o programa radiofônico de Osvaldo Moles, protagonizado por Adoniran Barbosa nas décadas de 1950 e 1960.

O evento consistiu na apresentação do rádio-livro do programa “Saudosa Maloca”, no qual Nana também integra o elenco de gravação. 

Posteriormente, assistimos a uma videoaula conduzida por Tomás Bastian, diretor da pesquisa sobre os 30 anos do programa radiofônico “Histórias das Malocas”.

Após a apresentação, desfrutamos de um agradável bate-papo a três com Tomás, Jorge de Magalhães (91 anos) o narrador original do programa “Histórias das Malocas” e Nana Pereira, produtora cultural, cuja mãe participou desse programa de rádio.

Atualmente, a pesquisa detém um valioso acervo dos 30 anos do programa de rádio, composto por gravações originais, discos, fotografias e textos, disponíveis no canal do YouTube Rádio Rubinato.

Adoniran possuía uma forma peculiar de falar, que ele chamava de “a maneira certa de escrever errado”. 

Um trecho da letra de “Saudosa Maloca” exemplifica isso de maneira única:

“Foi aqui, seu moço,

Que eu, Mato Grosso e o Joca

Construímos nossa maloca

Mas um dia

Nóis nem pode se alembrá

Veio os home com as ferramenta

E o dono mandou derrubar”

Sem dúvida, foi um momento de recordar com carinho meu querido pai e meus dois tios, cujo amor pelo samba paulista pulsava em suas veias.

“Saudosa maloca, maloca querida

Dim dim onde nós passamos os dias felizes da nossa vida.”

(*) – São palavras utilizadas no português falado em Portugal.

,

CULTURES OF RESISTANCE

Imagem por Iara Lee.

No último domingo, aqui em Pirenópolis, tive o prazer de conhecer a renomada documentalista*, directoria* e produtora de cinema Iara Lee, ao assistir ao filme “Unidas por Bissau”, no Cineclube da Coepi.

O filme retrata a vida de mulheres inspiradoras na Guiné-Bissau, na África Ocidental, que estão liderando uma verdadeira revolução em suas comunidades. 

Elas enfrentam o patriarcado, promovem a autos suficiência por meio da agro ecologia e lutam contra práticas como a mutilação genital feminina e o casamento forçado, seguindo os passos de Amílcar Cabral.

Com uma carreira de três décadas, a directora* Iara Lee se destaca no cenário do cinema engajado, tendo dirigido e produzido uma ampla gama de documentários e curtas-metragens. 

Além disso, é uma activista* brasileira de ascendência coreana e fundadora/directora* da Cultures of Resistance Network, uma organização que promove solidariedade global e conecta e apoia educadores, agricultores e artistas na construção de uma sociedade mais justa e um mundo mais pacífico por meio da resistência criativa e da não violência.

Durante a apresentação do filme, Lee mencionou um filme que realizou na região do Saara Ocidental, destacando a importância de dar voz a lugares esquecidos ou negligenciados.

Como eu lá estive nos anos 90, assisti esse segundo filme no Youtube.

Outra faceta fascinante de Lee é sua abordagem para obter recursos para seus filmes, que não têm apelo comercial. 

Ela explicou que, durante os anos 80, enquanto trabalhava em uma corretora de bolsa em Nova Iorque, optou por investir seu dinheiro em empresas que buscavam tecnologias de energias alternativas, utilizando os lucros do capitalismo para financiar seus projectos* cinematográficos. 

Desde então, nunca parou de criar filmes que utilizam a riqueza cultural local em países ao redor do mundo como uma ferramenta para unir as pessoas na resistência contra todas as formas de injustiça.

Sua abordagem é verdadeiramente inspiradora e genial.

(*) – São palavras utilizadas no português falado em Portugal.

SERVIÇOS – Artes

Imagem da Mubi.

Os serviços que são utilizados pelo Andante, são realizados por terceiros.

Estão listados abaixo e divididos pelos grupos de atividades. 

ARTES

Amazon – loja na internet, com um grande e diversificado catálogo de objectos à venda. Eu uso praticamente todos os meses, para comprar o meu livro do mês.

Esse mês vou ler “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, de Immanuel Kant, custou com frete R$52,48 (Jan-2024).

Mubi. – tem custo mensal de R$34,90 (Jan-2024) por mês. 

Sou louco por cinema, uso esse serviço de streaming, que tem filmes fora de Hollywood, europeus e de outros países.  

Tem uma comunidade de cinéfilos, espalhados pelo mundo, com mais de 12 milhões de membros. 

Eu não uso mais a Netflix, R$55,90 (Jan-2024), por mês, depois que conheci o Mubi..

Espetáculos  (Show) – Arte cênica, música, óperas, peças de teatro, circo, etc.

Exposições –  Adoro as mostras de escultura (4ª arte), as imperdíveis boas exposições de fotografia (8ª arte), pintura (3ª arte), história em quadrinhos ( 9ª arte) ou banda desenhada, como dizemos em Portugal, jogos eletrônicos (10ª arte) e arte digital (11ª arte).

Amazon vídeo – pago mensalmente R$14,90 (Jan-2024), além do bom catálogo de filmes e séries, tem desconto e o frete gratuito em muitos itens na loja da Amazon. 

Uso este frete grátis para comprar os livros que leio todos os meses.

Sebo – loja de venda de livros usados com preço bem acessível onde às vezes eu já achei verdadeiras preciosidades.

Spotify – aplicativo na web de música (1ª arte), super ecléctico. Tem a versão paga, eu uso a gratuita.

RÁDIO JORNAL MEIA PONTE

Imagem de Carlos Pojo Rego.

Ontem estive na rádio Jornal Meia Ponte (87,9 FM), de Pirenópolis, Goiás,  no programa do meu amigo, Nasser Khalil, o Som do Cerrado, com muita música de qualidade. Nasser além de radialista é músico e compositor, com especialização em jingles. Me convidou para bater um papo sobre a minha maneira de viver, simples e desapegada de bens materiais. Como é viver como um nômade digital que eu chamo carinhosamente Andante e Digital.

Nasser e eu temos uma experiência interessante em comum. Morei em São Sepé por dois anos, que é a cidade onde ele nasceu, no interior do Rio Grande do Sul. Nos idos anos 70, ela tinha menos de 5.000 habitantes, era o ano que ele nasceu e eu com 21 anos. Na cidade, naquela época, para fazer uma ligação de telefone, que não tinha teclas, tiramos o telefone do gancho,  atendia a telefonista e pedimos o número que queríamos falar. Lembro que o número do telefone da minha casa era 373. 

Lá trabalhei numa empresa, a Citor, de proprietário do deputado federal na época Mário Tamborindegy, que era parente do meu avô Pojo, estava a construir uma estrada que ligava a cidade a Santa Maria. Para lembrar, o deputado é pai da conhecida nas mídias pela sua especial característica de falar e expor sua ideias na televisão,  Narcisa, socialite, advogada, escritora e jornalista.

Vamos voltar para a cidadezinha do interior do meu estado natal, São Sepé, lembro que fui embora em junho de 1970, logo depois do Brasil ser campeão do mundo no México. Tinha na época uma linda namorada nascida na cidade (sepense), que entre outros atributos, foi rainha do carnaval de inverno da cidade em 1970.

Obrigado Nasser, pois com o nosso papo radiofônico me fez relembrar dos bons momentos que passei em São Sepé nos anos 70 e na minha querida Pirenópolis, que cheguei em 2000, e foi o lugar do mundo que morei mais tempo.

MUSICA DOS DEUSES

Imagem de Gil Tobias

Importante para mim é música de qualidade. Ouço todos os dias ópera, música clássica, MPB, jazz and Blues e Rock no aplicativo Spotify no computador portátil, uma delícia. Quando saio do trabalho no meu “escritório” que fica na pamonharia dos amigos Floriano, Ordean e Ana, sempre dou uma passada no Confraria do Boxexa, para a saideira e ouvir as raríssimas músicas de alta qualidade que ouço pela cidade, o dono, Boxexa, desafia o território dos sertanejos. Que aliás são terminantemente proibidos naquele recinto quase sagrado. Uma verdadeira benção para meus ouvidos. 

Não tenho ido a shows, para guardar o máximo de euros até dezembro (agora com nova data, falo sobre isso na próxima postagem), quando viajo para Portugal, mas fui a esse show através de um irresistível convite da amiga, Gil. Foi neste sábado, o Saga Jazz Festival, no Espaço Cultural Santa Dica, em Pirenópolis, foram horas de incrível  participação musical; da banda Azimuth, do quarteto de Marcos Mimricher, do Salomão Soares e de Vanessa Moreno.

Um luxo cultural é ouvir música ao vivo, pois sinto o cheiro dela no meu corpo, que vibra todo, na mesma cadência dos instrumentos e da voz dos artistas, uma louca sensação de harmonia e passo a fazer parte integrante do show. Uma viagem celestial sem drogas químicas.

Jazz é acompanhado da cerveja artesanal Santa Dica do amigo Ernesto, produzida com o mais puro malte e ingredientes selecionados em um processo único que traz em si a irreverência e originalidade dos mascarados pirenopolinos, símbolo da cultura local. Tem vários sabores irresistíveis, com nomes difíceis de pronunciar (Pilsen, Belgian Blond, Growler, Bohemian Lager, Kölsch e Dunkel Hop Lager) e fora da realidade gustativa, da maioria dos brasileiros,  habituados a beber as cervejas de milho vendidas em grandes quantidades nos bares da vida.

Tomo cerveja, mas prefiro um vinho português, de preferência da região do Dão, berço da uva Touriga Nacional, que produz vinhos elegantes e de personalidade. 

Mas a música de qualidade é sagrada.

Um Estranho no Ninho

Vou começar a postar uma vez por semana, filmes que gostei muito. Para mim um dos melhores filmes americanos de todos os tempos, do incrível diretor Milos Forman, de 1976, Um  estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo’s Nest).

Com o espetacular ator Jack Nicholson, no papel de Randle Patrick McMurphy, um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma instituição para doentes mentais. Lá estimula os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher), mas não tem idéia do preço que irá pagar por desafiar uma clínica “especializada”.

“Nas palavras do personagem principal do filme, R.P. McMurphy: “O que dois caras legais como nós fazemos aqui?” A Instituição é como o mundo em que vivemos, alienados, vivendo como o gado, criados para um dia irmos ao matadouro. Até surgir um líder, alguém que nos inspire e que nos faça acreditar. E que lutemos até o fim, pois não há sacrifício sem derramamento de sangue.”

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Imagem de Carlos Pojo Rego

Brejal, RJ, quarta-feira, 25 de janeiro de 2023. Hoje vamos começar a produção fotográfica na ONG Vira-Mundo no Frejal, distrito de Petrópolis.

Estou cheio de expectativa e nervoso, com esse novo trabalho, são anos passados em produção cultural que voltam com força excitante no meu corpo, me sinto um adolecente maduro, não sei se esse sentimento existir, mas o sinto.

A modelo Aninha, coreografada por Cristina e fotografada por Micha teve um desempenho além das expectativas, houve uma entrega total do corpo e de sentimento. Esse trio passou por vários espaços, pedras, ar e água, nesta última houve uma simbiose total. Não tenho dúvida que foi criado um ambiente de interação entre os envolvidos que certamente irá gerar resultados importantes. 

Me senti totalmente envolvido com o desempenho criativo de todos, foi uma injeção de adrenalina no meu coração, que sem dúvida estava a precisar. Que bom sentir na pele essas emoções e agradecer por estar verdadeiramente vivo. 

Novamente deparamos ao voltar, agora sem chuva, com aquela estrada estreita e sinuosa que atravessa um mar de montanhas e florestas pelas terras cariocas. Nos dividimos, uma parte para o Rio de Janeiro, outra para Itaipava e outra para Guapimirim, cansados, mas felizes com a consciência de um bom trabalho realizado.

Gastei com o café da manhã R $15,30 e depois R $100,00 com as duas diárias da pousada. Em Posse, já na volta para Guapimirim, fiz um meio lanche, almoço por R $16,90. Total gasto no dia R $132,20. Acumulado no mês é de R $2.365,82

Meu canal no YouTube: https://www.youtube.com/@andanteedigital

ROCK DAY

Imagem Carlos Pojo Rego

Guapimirim, sábado, 21 de janeiro de 2023. Ótima noite de sono, apesar da pressão da magnitude da natureza em minha volta, com suas árvores enormes dentro de uma floresta fechada.

Depois do café da manhã (pequeno almoço) sempre acompanhado com muito papo, fui apanhar o Polemmico DJ com o fusca que estava no pé da colina a pé. Ótima figura, vegana que preparou um delicioso almoço com minha ajuda nos descascar e no corte e o toque da mis en place da Cristina, ficou tudo très chic, como ela.

Trabalhei para atualizar o site (sítio) e as redes sociais que estavam desatualizadas até às três horas, pois depois íamos à feira de venda de discos de vinil promovida pelo DJ e Michael, no bar Kioscaneca perto de uma piscina de água corrente, no próprio condomínio do Michael, o Parque Serra da Caneca Fina.

Muito rock dos anos 70, 80 e 90 com vídeo das bandas, foi uma ótima recordação de verdadeiras pérolas do rock internacional neste nosso mundo sertanejo. Tomei duas coca-colas e gastei R $8,00.

Conheci algumas pessoas interessantes e outras não tão interessantes, e comemos, dançamos uns explícitos e outros implícitos. Foi divertido e alegre. Tive um esclarecedor conversa com a Cristina sobre eu focar somente no que eu realmente quero.

Gastei R $8,00. Acumulado no mês é de R $2.108,22


Meu canal no YouTube: https://www.youtube.com/@andanteedigital

MON ONCLE: UM DOS MEUS FILMES PREFERIDO.

A mais de 50 anos eu assisti este clássico do cinema mundial do diretor, roteirista, ator e algumas “coisitas” a mais Jacques Tati.Mon Oncle”, um filme francês de 1958, colorido, resume muito bem a arquitetura e a cidade de meados do século XX, pelo menos em ambas extremidades mais reconhecíveis. O filme de Jacques Tati mostra o contraste entre dois mundos, o moderno, exagerado por um otimismo futurista, e o tradicional, representado pelo bairro antigo e popular de um dos arrondissement de Paris. Estes dois mundos são representados no filme de Tati, o elo de  ligação entre esses dois mundos completamente diferentes, é uma criança, um dos personagens mais interessantes. O tio da criança, Monsieur Hulot, que vive na parte antiga da cidade e a irmã de Hulot, mãe da criança, é casado com Arpel, um fabricante de plásticos de sucesso, que vive no bairro da moda, em uma casa moderna e tem uma família moderna. 

Enquanto a “eficiência” parece ser a palavra que expressa a casa moderna, com seus aparelhos eletrônicos  controlados à distância e os eletrodomésticos onipresentes na vida familiar; é a “ineficiência”, a que é retratada no bairro antigo, onde ninguém parece fazer o que deve fazer: o verdureiro vende numa  mesa de um bar a  50 metros da verdureira, o varredor não varre, etc. 

Cada vez mais que eu vivo, mais tenho certeza, que para mim a maneira de viver tem que ter mais “ineficiência” do antigo e menos “eficiência” do moderno, apenas umas pinceladas bem dosadas. E, vamos em busca da felicidade!

Fontes e Imagens: Archdaily