PASSEIO NO PARQUE

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Depois de mais de um ano sem sair de Pirenópolis, mudar de cidade tem um sabor especial. 

Cheguei ontem à Capital Federal após três horas de ônibus e meu filho veio me buscar na rodoviária de Brasília e fui para o apartamento dele na Asa Norte. 

Inicialmente, pensei que meu corpo estava apenas cansado, mas logo percebi que era um pedido genuíno por relaxamento após toda a tensão da mudança iminente para Portugal. 

Na manhã seguinte, tomei café com pão e ovo e saí para explorar a SQN 215. 

Acabei por encontrar-me no Parque Ecológico Olhos D’Água, a poucos passos do apartamento do meu filho.

O parque é uma verdadeira jóia natural em meio à paisagem urbana. 

Este refúgio verde oferece uma experiência única aos visitantes, com suas trilhas sinuosas, riachos cristalinos e uma atmosfera de serenidade. 

Ao adentrar o parque, fui imerso em uma vegetação exuberante, típica do Cerrado brasileiro. 

O destaque principal são os “olhos d’água”, nascentes de água que brotam do solo e formam pequenos lagos, como o dos Sapos, com águas claras e transparentes. 

As árvores altas proporcionam sombra fresca, enquanto o canto dos pássaros preenche o ar.

Como a acompanhar* os pássaros, um grupo instrumental de choro, com músicos talentosos, entoava melodias tradicionais desse gênero musical tão brasileiro. 

Depois do passeio no parque, almocei com meus dois filhos mais velhos (Roberto, Eduardo e sua companheira e seu companheiro) na casa da mãe deles, numa construção no Lago Sul com mais de 50 anos, que se mantem moderna e bela, fruto de um dos projectos* de arquitectura* mais bonitos que já vi, e não é do Oscar Niemeyer.

Durante as conversas animadas, percebi que realmente estou a partir* do Brasil pela segunda vez e que a primeira já faz mais de 30 anos, que eu vivi em Saint Tropez, na França. 

Mesmo com essa mudança iminente, sinto uma óptima* sensação de algo novo, com aquele cheirinho especial que nunca se esquece quando se vive em um novo país, que agora é Portugal.

(*) – São palavras utilizadas no português falado em Portugal.

MORADA NA ESTRADA

Imagem da Decathlon

Esta semana vou falar da morada, uma tenda e os apetrechos que eu vou usar como cicloturista, na viagem à Noruega.

Sempre a lembrar a necessidade que tenho de planear (planejar) meus projectos (projetos) futuros  Segue abaixo o meu lar doce lar durante as 120 noites e o triplo de refeições que vou ter para poder ver a “minha” aurora boreal.

Ao escrever estas postagens, já me sinto a viver o momento da visão daquele incrível e ondulante verde no céu escuro do círculo polar ártico, e todas as belezas das paisagens que terei até chegar por lá.

Me sinto bem, neste processo, de sonhar pois tenho certeza que vou vivenciar, só me lembro de duas coisas que não consegui realizar até hoje. Finalizar meu curso de arquitetura, pelo fechamento da minha faculdade em São José dos Campos, SP, nos duros anos de chumbo na década de 70, durante a ditadura militar e não fui capaz de continuar em outra cidade. E um amor à primeira vista que nunca foi consumado, ficou até hoje no platônico e na amizade, mas, como bem diz Mário Quintana, “amizade é um amor que nunca morre”.

Primeiro a casa e nas próximas postagens o interior e acessórios:

Lona

Uma lona de 2 x 2,5 metros para isolar a umidade do solo. Serve de proteção adicional numa tenda. Custo de €15,00.

Tenda

Idealizada nos Alpes franceses, está tenda de trekking 1 pessoa 3 estações semi-autoportante oferece a melhor relação peso/compacidade da nossa gama. Custo €170,00.

Custo desta postagem 07/16: €185,00 (R$971,25).
Custo total acumulado: €4 851,41 (R$25 469,90)

Os valores são para comprar  todos estes equipamentos em Portugal, e entre parentes o câmbio do Real/Euro, normalmente os itens têm o valor no Brasil em reais diferentes e para mais, acrescido dos impostos ou fretes.

LUXEMBURGO: TRANSPORTE PÚBLICO GRATUITO

Com a preocupação de ajudar os trabalhadores desfavorecidos, reduzir o tráfego rodoviário e melhorar o impacto no ambiente, o pequeno e rico país da União Europeia, o Grão-Ducado de Luxemburgo, implantou este projeto em todo o país – transporte público gratuito.

Os carros particulares são o meio de transporte mais utilizado, representam 40% das viagens de negócios e mais de 60% nas de lazer.

Mais de 200.000 trabalhadores vêm de países vizinhos (França, Alemanha e Bélgica) e utilizam na sua maioria o automóvel, o que gera congestionamentos. Com uma população de apenas 610.000 habitantes, esses trabalhadores viajantes representam a metade da força de trabalho de Luxemburgo. 

Textos e Imagens: Viajero peligro