30 DIAS

Imagem por Carlos Pojo Rego.

Entrar nos últimos 30 dias para mudança, para Portugal, sinto um frio na barriga e um palpitar especial no coração.

Foram 5 anos de espera desde o momento em que entreguei os meus documentos para me tornar português. 

Agora, anseio por viver como um verdadeiro português, mergulhando no peculiar modo de falar e viver deste povo encantador. 

Irei em busca das minhas raízes, a seguir* os passos do meu avô paterno, Francisco do Rego Carranca, e conhecer alguns dos meus parentes distantes em Lousã, ao pé da majestosa Serra de Lousã, onde se encontram as incríveis Aldeias do Xisto, a norte de Portugal.

Ainda não decidi onde irei morar, pondero entre Porto Covo, uma pitoresca aldeia à beira-mar no sul, ou uma opção oposta no norte, próximo ao Porto. 

O meu desejo é explorar as aldeias de Portugal e, posteriormente, pedalar por toda a Europa, acampando pelo caminho.

Para me guiar nesta aventura, tenho em mãos o inspirador livro de José Saramago, “Viagem a Portugal”, uma obra que devorei de uma assentada no ano passado. 

Saramago em suas viagens por todas as regiões do país descreveu-as numa coleção de crónicas* que me enchem de entusiasmo para seguir os seus passos.

No primeiro ano, dedicarei o meu tempo ao trabalho, visando adquirir a minha bicicleta “Luiza”, fabricada pela Beeq, como carinhosamente apelido* todas as minhas bicicletas, o equipamento necessário para as futuras viagens de fim de semana por Portugal e pela Europa.

Em 2025, estarei pronto para a grande aventura rumo à Noruega, ansioso por testemunhar a majestosa aurora boreal no Cabo Norte, em outubro.

Estou ansioso por novos desafios e por uma vivência constante de cultura e aprendizagem, algo que, infelizmente, já não encontro por aqui. 

E Portugal, com a sua vasta oferta cultural acessível a todos, parece ser o lugar perfeito para esta nova etapa da minha vida. 

Estou confiante de uma vida feliz nas terras lusitanas.


(*) – São palavras utilizadas no português falado em Portugal.

SONHO DE SER LIVRE

Imagem da Freepik

“I have a dream” (Eu tenho um sonho), como no famoso dizer de Martin Luther King, mas o meu sonho, bem diferente e bem mais fácil do que o dele, que passava pela luta contra racismo nos Estados Unidos. Sair a pedalar em uma bicicleta de fabricação portuguesa, linda, a Beeq, até a Noruega. Pela ciclovia Eurovelo 1, Rota da Costa Atlântica. Vou sair a pedalar do norte de Portugal em direção ao sul, então ir para Espanha, depois rumo ao norte para a França. Atravessar pela primeira vez o canal da Mancha à Inglaterra, depois novamente uma travessia para a República da Irlanda, mais uma travessia em ferry boat para a Escócia. A última travessia de volta para o continente europeu e finalmente desembarcar na Noruega.

A previsão é estar no Cabo Norte, em setembro, na Noruega para ver a aurora boreal, mês que começa a poder ver este incrível espetáculo da natureza.

Este sonho não se trata de apenas uma longa viagem de bicicleta, muito mais do que isso, será o começo de uma nova maneira de viver, e será nas terras lusitanas. Uma volta às raízes dos meus ancestrais portugueses, com muito azeite de oliva, sardinhas, pastéis de nata e vinhos tintos e do Porto. Uma vida simples sem bens materiais comprados, mas repleta de experiências vividas. 

Vou manter-me a morar em tenda e viajar pela Europa de bicicleta. Manter meu diário on-line com publicações constantes e com o meu olhar sobre este velho mundo, repleto de tradições milenares e experiências modernas. Conhecer gente e vivê-las intensamente sem medo de se integrar à felicidade. Arriscar meus sentimentos ao máximo. Enfim, viver o presente como se fosse o último dia da vida. 

Preciso de liberdade, como nunca precisei. Tentei honestamente buscar outros valores e me afastei do pensamento de Jean-Paul Sartre, que sempre acreditei. Da liberdade irrestrita, o fato do ser humano é, paradoxalmente, condenado à liberdade. Somos seres feitos de escolhas. Por mais que eventos externos afetem as nossas escolhas, nós continuamos a escolher. 

“Libertad ante todo”.

ESTUDAR NA WEB

Imagem de Carlos Pojo Rego

Estes últimos meses que faltam para acabar 2023, e os primeiros meses de 2024, antes de ir morar em Portugal, vou focar o meu trabalho por aqui em duas frentes: montar um curso, para vender na Internet e monetizar as minhas redes sociais. Sei que não é fácil, principalmente com os cursos oferecidos na web, com gurus que só falam deles próprios ou dos ganhos milionários de quem comprar os cursos oferecidos, se seguirem à risca seus métodos milagrosos, para alcançar, 1 milhão de reais em 30 dias.

Depois de procurar muito no Dr. Google, separei e estou a fazer dois cursos, ou melhor duas semanas de aulas diárias, que no fundo é para convencer-me a comprar os cursos. Mas acabo por aprender informações úteis para aumentar o meu conhecimento sobre os assuntos propostos no curso.

Um dos cursos do Tiago Tessmann é sobre tráfego pago no Google e nas redes sociais, na primeira aula o professor falou durante uma hora e quarenta e cinco minutos de como ficar milionário e 15 minutos de conteúdo sobre tráfego pago. O outro curso é com a  Nina Grisi, que falou durante uma hora, de ganhos normais e muito trabalho, para criar e  vender cursos na Internet. Mas no final o que é bem compreensível, ambos oferecem seus cursos pagos aos participantes.

A minha realidade de ganhos sonhados não passa de R $10.000,00 (1.800 euros) mensais, o limite máximo, pois não quero crescer e nem montar uma empresa com uma equipe enorme. Quero continuar a trabalhar sozinho, e trabalhar somente o tempo necessário, para ter tempo de poder viver a pedalar pelo Mundo.

Tenho muito trabalho pela frente e não pretendo fazer outra coisa, em 2023, a não ser este meu objetivo de aprender e me dedicar exclusivamente a Internet, a mostrar a minha vida, pois em 2024 ou o mais tardar em 2025, quando ainda tiver 75 anos, poder em setembro ver a aurora boreal no Cabo Norte na Noruega. Lá chegar a pedalar numa bicicleta eléctrica assistida, de fabricação portuguesa, a minha Luiza, aliás, como chamo todas as minhas bicicletas, da marca Beeq portuguesa.

REALIZAR UM SONHO

Imagem de Carlos Pojo Rego

Para realizá-lo – ver a aurora boreal na Noruega, vou viajar de Portugal numa bicicleta, mas, para isso é preciso conseguir os recursos financeiros para a viagem. O investimento a ser captado gira em torno de 11.500 € (euros). Farei esta viagem em 2025, no ano dos meus bem vividos 75 anos.

Recurso próprio – O investimento está dividido em três anos 1) em 2023 a criação e hospedagem e o tráfego orgânico do sítio na internet, andanteedigital.pt e das redes sociais (Facebook, Instagram e YouTube), a aquisição de telemóvel (celular), o computador portátil, o vestuário para usar na bicicleta e o bilhete aéreo para Lisboa, no valor total de 3.850 € (R$20.135,50), já realizado; 2) em 2024 um investimento em tráfego pago nas redes sociais no valor de 1.000,00 € (R$5.270,00), para viabilizar a captação do investimento colaborativo; 3) em 2025, despesas durante a viagem, no valor em  torno de 3.700,00 € (R$19.351,00) ou 925,00 € (R$4.837,75) por mês. Este valor será coberto pela minha aposentadoria e uma poupança. Doença e acidente serão cobertos por apólice de seguro. 

Patrocínio e Investimento colaborativo (Crowdfunding) – Patrocínio captado em empresas e/ou com pessoas individuais (físicas) e investimento colaborativo, captado através de um sítio na Internet, poderão ser utilizados simultaneamente para cobrir o investimento nos equipamentos e utensílios, utilizados na bicicleta, no acampamento, na alimentação e nos equipamentos de comunicação. Será investido aproximadamente 6.800,00 € (R$35.836,00).

Sempre bom lembrar, em 2005, conheci o presidente de uma empresa de geração hidráulica de energia elétrica, que investiu num evento de fotografia na cidade que morava na época e devido a ter sido realizado com sucesso, ele disse a toda a equipe que era gerida por mim e um amigo: “Vocês são pessoas que simplesmente fazem e ponto final.” Nunca me esqueci deste elogio.

E continuo simplesmente a fazer. Venho participar da realização do sonho de um ”velho” aventureiro, pois sonhar não tem idade. Para mim o sonho é uma realidade que ainda não aconteceu.

EU TENHO UM SONHO …

Imagem de Carlos Pojo Rego.

Ver a aurora boreal na Noruega. Vou sair solitário, de Viana do Castelo, em Portugal,  numa bicicleta elétrica assistida (aquela que temos de pedalar), até Cabo Norte, na Noruega. Serão muitas pedaladas pelos 3.100 km de estradas, durante quatro meses a comer e dormir em acampamentos pela EuroVelo 1 – Rota da Costa Atlântica. A ciclovia passa por sete países; começa em Portugal (pelo Atlântico selvagem e praias ensolaradas), Espanha (pelo reino de Navarra), França (região do vinho e património mundial), Inglaterra (Bretanha e Grã Bretanha), República da Irlanda (na costa celta), Escócia (nos vales celtas) e finaliza na Noruega (com o sol da meia-noite e os fiordes).

Vou buscar patrocínios e financiamento colaborativo (crowdfunding),  que é a viabilização do projecto a partir da colaboração de um conjunto de pessoas, que tem interesse especial com o resultado final, que  recebem uma recompensa e por isso investem recursos financeiros, através de um sítio (site), como o PPL de Portugal.

O orçamento desta viagem com o investimento das bicicletas, das tendas, dos alforjes, do fogareiro, das tendas, do drone, etc, ficam hoje em torno de €7 465,00 € (euros) ou R$39 340,55 (1 Euro = R$5,27). As despesas de alimentação (realizadas nos acampamento com fogareiro à álcool), hospedagem (em tendas em acampamentos pagos ou selvagens),  traslados marítimos (ferry boats) e extras serão integralmente realizados com recurso próprio.

Temos muito a falar, a pesquisar, a avaliar e principalmente a planear, para poder ver as ondas verdes da aurora boreal, em outubro (mês promissor) de 2025, quando completo, meus bem vividos, 75 anos de vida. Sonhar não tem idade.

Falei desta aventura, em postagens anteriores e vou falar nas próximas, mostrar meu modo de vida, e como estou a adaptar-me a viver numa tenda com o mínimo de roupas e alguns dos equipamentos e utensílios que vou utilizar até a Noruega.

Depois desta peripécia boreal, as estradas do mundo que me aguardem. Venha participar deste sonho!

Veja vídeo no YouTue: https://youtube.com/shorts/rJ2H5REVIwc

FINANCIAMENTO COLABORATIVO

Imagem da Comunidade PPL.

Nossa, o que é este financiamento colaborativo ou crowdfunding? O crowdfunding é um financiamento de um projecto  (projeto) que se viabiliza a partir da colaboração de um conjunto de pessoas que investem recursos financeiros, através de um sítio (site) e que tem interesse no resultado final.

Estou a fazer um destes para realizar um sonho, os meus sonhos são realidades que ainda não aconteceram, de fazer a minha viagem de bicicleta para ver a aurora boreal na Noruega. 

Será pela ciclovia EuroVelo 1 – Rota da Costa Atlântica, tem seu ponto de saída em Caminha, ao norte de Portugal, junta a fronteira com a Espanha e vai em direção ao sul  e até o Algarve torna a leste em direção a Espanha, por lá na direção norte para a França até o canal da Mancha, a primeira de quatro travessias de ferry boat à 1) Inglaterra, depois para a 2) República da Irlanda com duas travessias por mar para chegar na 3) Escócia e finalmente a última e quarta travessia para 4) Noruega, até chegar ao Cabo Norteo ponto mais setentrional da Europa.

Estou a fazer o projecto (projeto) para patrocinadores e para sítios (sites) de financiamento colaborativo (crowdfunding), no Brasil e em Portugal. No Brasil, tem vários sítios (sites), vou citar os dois maiores: Catarse e Kickante. Em Portugal o PPL, ligado à Universidade de Lisboa, é muito bom. 

O investimento é para duas bicicletas elétricas assistidas da marca Beeq, de fabricação portuguesa e todos os equipamentos. O  orçamento é de 10.532,66 € ou R$55.823,10, com euro a R$5,30. Todo o investimento será feito em Portugal, para evitar o transporte até lá.

A recompensa dos investidores no projecto (projeto), serão viagens em Portugal com pernoites (conforme o valor investido), para uma pessoa, sem custo do guia, da bicicleta, dos acessórios e utensílios necessários. O Investidor arcará com os custos de alimentação e de hospedagem em camping, durante a viagem. Outra necessidade do investidor é muita vontade de pedalar.

Assim que o projeto estiver pronto, vou divulgá-lo,

MORO EM mim MESMO

Imagem de Carlos Pojo Rego

“Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho
menos lugares para perder as minhas coisas”, de Mário Quintana, que morou por décadas
em um quarto do Majestic Hotel, de 1968 a 1980, no centro de Porto Alegre, Rio Grande do
Sul, Brasil.
Já faz uma dezena de anos que vivo com apenas duas mochilas e muitos poucos itens,
como; computador portátil, telemóvel (celular), máquina de cortar cabelo, canivete suíço,
tenda (barraca), saco-cama (saco de dormir), roupas de verão e inverno, com um pouco
mais de 50 itens. Minimalismo, conceitos de moda são meio perigoso, pois são
aproveitados por pessoas que não vivem com sentimentos o desapego da vida simples.
Não tenho mais nenhum bem. Meus livros foram doados a bibliotecas ou trocados em
sebos por novas leituras. Minhas moradas para as ex-mulheres, filhas e filhos. Tapetes e
quadros para irmão e filhos. Tudo já se foi para mãos melhores.
Com o projecto da grande viagem de bicicleta de Portugal a Noruega, vou aumentar meus
bens, ao adquirir 1 bicicleta, 4 alforjes, 3 bolsas, equipamento de cozinha, 1 nova barraca,
roupa de ciclista, acessórios de reparo da bicicleta. Enfim, um monte de tralha será
agregada ao meu patrimônio. Já me sinto um consumista inveterado, brincadeira, será
sempre a buscar o mínimo necessário de objetos, mas que eles sempre sejam de alta
qualidade, para poder viver a pedalar pelo mundo afora com segurança e conforto. Antes
desta grande viagem (Portugal à Noruega) vou estar a fazer alguns passeios pelos
arredores de Lisboa e da região do Alentejo no ano que vem.
Viver sempre o presente e sem pensar muito no futuro. Mas o futuro, como bem disse
Mahatma Gandhi – “dependerá daquilo que fazemos no presente”. Por isso que, hoje, o
bilhete de avião comprado para Lisboa, só de ida, é tão importante para o meu amanhã.
Pois concretiza o morar em Portugal a partir de 2024, próximo da linda costa mar do
Alentejo. Quem sabe em Vila Nova de Santo André, ou Aldeia dos Chãos, ou Porto Covo,
ou ainda, quaisquer outras tão belas.

MAR SEM FIM

Imagem da Brittany Ferries

Na grande viagem de Portugal à Noruega pela ciclovia Eurovelo 1, vou atravessar o mar
algumas vezes. A primeira travessia é entre a França e a Inglaterra pelo Canal da Mancha.
Da cidade de Roscoff, na França até Plymouth, no Reino Unido, pela empresa Brittany
Ferries, somente ida, com um custo para uma pessoa e uma bicicleta de £75,00 (libras
esterlinas) ou €87,00 (R$468,06), com a duração da travessia de 5 horas e 50 minutos.
A segunda travessia pelo mar na Ferry Hopper da cidade de Fishguard no Reino Unido a
Rosslare Harbour na República da Irlanda preço da viagem £42,00 (libras esterlinas) ou
€48,72 (R$262,11) com a duração de 4 horas.
A terceira travessia pela empresa Ferry Hopper de Belfast e Belfast na República da Irlanda
até Cairnryan no Reino Unido, o preço da travessia £42,00 (libras esterlinas) ou €48,72
(R$262,11) com a duração de 2 horas e 20 minutos.
Finalmente a quarta travessia de mar entre as cidades de Aberdeen na Escócia e Bergen
na Noruega. Depois de muita procura na internet não consegui achar nenhuma empresa de
ferry que faça este trajeto no mar do Norte. Assim que conseguir esta informação repasso a
todos.
Ainda é uma primeira busca de informações, ainda vou ter de fazer várias pesquisas para
conseguir informações fidedignas sobre tão extenso trajeto. Um trabalho gostoso que me
perfuma com o aquele cheiro típico da maresia da beira dos mares que vou encontrar pelo
caminho.
Na semana que vem vou começar a planear todo o trajeto da Eurovelo 1 com os seus
detalhes: as cidades, os lugares a visitar e acampar. as comidas e bebidas típicas dos
locais que estarei a passar. Criei um grupo no Facebook, para trocar informações e
conhecimentos com cicloturistas do mundo
Vou começar pela cidade de Valença, na sub-região do Alto Minho, pertencendo à região
do Norte e ao distrito de Viana do Castelo a pedalar até o Cabo Norte (Nordkapp em
norueguês), na Noruega, que é referenciado como o mais setentrional ponto da Europa, de
coordenadas 71° 10′ 21″ N 25° 47′ 40″ E.

EUROVELO 1 – PORTUGAL À NORUEGA

Imagem da EuroVelo

Já venho a falar desta viagem em algumas das postagens anteriores, a mostrar os equipamentos que vou utilizar na grande viagem a pedalar (e-bike) de Portugal até à Noruega para ver a aurora boreal.

Hoje falo mais do trajeto da ciclovia Eurovelo 1, conhecida como Rota da Costa Atlântica. Em Portugal parto da cidade de Viana do Castelo, depois em direção ao sul, para Lisboa, passando pelas cidades do Porto, de Aveiro, de Ericeira, de Cascais e de Lisboa este Primeiro trecho – Frente para o Atlântico Selvagem. O Segundo trecho – Novo mundo e praias ensolaradas, desce junto à costa por Setúbal, Sines pelo Alentejo e depois até a ponta mais ao sul de Portugal na Fortaleza de Sagres e segue pelo Algarve em direção a Espanha, passando por Albufeiras, Faro, e Vila Real de Santo António, e cruza a fronteira para Espanha indo até Hueva. Agora em direção a norte em território espanhol o Terceiro trecho – Vinho e Património Mundial passa por Mérida, Cáceres, Plasencia, Zamora, Burgos e Irunã-Pamplona.  segue pelo Quarto trecho – Atlântico ao Reino de Navarra pela costa francesa até Nantes e depois até próximo de Brest, onde atravessa-se pelo mar em um barco até o Quinto trecho – Bretanha e Grã Bretanha, em Plymouth no Reino Unido depois Bristol e a finalizar este trecho no Parque Pembrokeshire.

Agora em território da República da Irlanda o Sexto trecho – Costa Celta, na cidade de Waterford até Belfast. Novamente um trecho marítimo até a Grã Bretanha. O Sétimo trecho – Vales Celtas, de Stanraer até Aberdeen, passa por Glasgow. Mais uma travessia por mar, a maior distância que já foi percorrida para chegar à Noruega. Na cidade de Bryggen no começo do Oitavo trecho – Terra dos Fiordes até Vega e finalmente o último, Nono trecho – Terra do Sol da Meia-noite que vai até o Cabo Norte é o ponto final do continente europeu, 71º norte. O penhasco íngreme da montanha se eleva 307 metros acima do oceano Ártico. Este é o início da Eurovelo 1 – Rota da Costa Atlântica.

Voltarei a falar na viagem em outras postagens.

MINHA SUITE DE LUXO

Imagem de Carlos Pojo Rego

Estou a dormir numa tenda  há mais de 2 meses, durmo como um anjo. Não sei se realmente anjo dorme … bem, mas vamos lá, esta experiência faz parte do meu “treinamento” para o longa viagem de Portugal a Noruega, com duração de 4 meses, no ano que vem (2024). Será bom para testar minha resistência a dormir por meses em uma tenda.

A tenda é uma da Nautika, modelo Panda 2, brasileira para duas pessoas e autoportante, isto é, depois de montada posso mudá-la de lugar que ela ao ser transportada fica inteira.Na longa viagem vou utilizar uma outra tenda, a Abóbada.

Tenho um edredom que virou um saco-cama (saco de dormir), um colchonete com lençol e travesseiro com fronha, ambos emprestados, por uma amiga. Uma coisa bem chata, para nós, os mais velhos (tenho 74 anos) é a vontade de urinar a noite e ter de sair da tenda (barraca) para ir a casa de banho (banheiro) do acampamento (camping). para resolver este problema uso uma garrafa de 2 litros de sabão líquido com boca larga e tampa, que passou a ser o meu urinol. E assim transformou a minha tenda (barraca) praticamente na suíte do hotel  George V de Paris. Ha, ha, ha. Bom lembrar que nos meses de junho e julho, no cerrado as noites e madrugadas temos a temperatura em torno de 15º celsius, frias para o povo de Goiás.

O local do acampamento (camping), de propriedade de uma boa amiga, está situado num amplo terreno urbano em Pirenópolis, com muitas árvores, mesas e bancos feitos de pedra e um ótimo conjunto de instalação de casas de banho (banheiros) divididos em masculino e feminino. Com destaque a boa e forte ducha para aquele banho quente ou frio para os mais destemidos.

Tenho vontade de testar a cozinhar em um fogareiro à álcool que  também vou utilizar na minha longa viagem. Mas isso pode ficar para Portugal quando farei pequenas viagens para me adaptar tanto à bicicleta Beeq e o peso dos 5 alforjes e 3 bolsas que estão sobre ela, bem como preparar as minhas refeições na cozinha da bicicleta.