Na semana passada, fui convidado para jantar pela minha filha Flora e sua prima Geórgea, que é como uma quarta filha para mim, no excelente restaurante onde Flora trabalha como subgerente, o Chico de Sá, em Pirenópolis, Goiás, Brasil.
A refeição foi impecável, acompanhada do vinho, Bresesti Carbenet Franc Rose, preferência de Flora, cujo rótulo, traz uma figura que parece ser feita à sua imagem.
No jantar, percebi o quanto eu vou sentir falta dela em Portugal, a filha com quem convivi por mais tempo, praticamente desde o dia em que nasceu, com apenas alguns poucos anos de intervalo.
Foi emocionante observar seu crescimento e sua assunção* de responsabilidades, tanto no trabalho quanto na administração da morada* que aluga para turistas.
Isso me fez lembrar de poucos anos atrás, quando tinha 18 anos e estava um tanto perdida.
Sem dúvida, foi uma bela evolução, conquistada por sua própria consciência.
Sinto-me muito feliz e espero que em breve ela parta para o mundo em busca de seus sonhos.
Agora, sendo também filha de um português, ela certamente se tornará uma verdadeira portuguesa e terá a oportunidade, quando desejar, de explorar este mundo maravilhoso que a espera.
Fico contente, pois meus outros cinco filhos são fontes constantes de orgulho e satisfação.
Embora seja a caçula, por enquanto, em tom de brincadeira, quis destacar a atenção que, infelizmente, não dediquei aos meus outros filhos e filhas.
Agradeço às mães e aos padrastos, que sem dúvida fizeram um trabalho excepcional em sua formação, educação, caráter e intelecto.
Todos nós nos encontraremos nas terras lusitanas, unidos como portugueses que somos, pelo sangue de meu avô português que corre em nossas veias.
Valeu a pena? Tudo vale a pena,
Se a alma não é pequena.
Ao mestre Fernando Pessoa, autor desse poema, com carinho.
(*) – São palavras utilizadas no português falado em Portugal.